E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
IST e empresas usam IA para prever cores e desenhos do mármore

O Instituto Superior Técnico e empresas de mármore no Alentejo estão a desenvolver um digitalizador que, através da Inteligência Artificial (IA), permitirá 'ver' o interior dos blocos e prever as cores e desenhos das chapas a serrar.

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls">Translator</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words">&nbsp;</div> <div class="sentences">&nbsp;</div> </div> </div> <p>Atecnologia destinada ao setor nacional da pedra natural est&aacute; a ser desenvolvida pelo Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energ&eacute;ticos (DER) do IST e consiste num &quot;digitalizador de blocos de m&aacute;rmore at&eacute; 25 toneladas&quot;.</p> <p>Este, &quot;atrav&eacute;s de IA, vai permitir prever a textura interior&quot; desse mesmo m&aacute;rmore, &quot;antecipando as cores e os desenhos dos veios que as placas poder&atilde;o apresentar depois de cortadas&quot;, explicou hoje o IST, em comunicado.</p> <p>&quot;Esta funcionalidade ir&aacute; revolucionar o mercado global do m&aacute;rmore, colocando na vanguarda mundial os grupos empresariais portugueses que nele competem&quot;, afian&ccedil;ou.</p> <p>O trabalho, por enquanto, decorre &quot;&agrave; escala laboratorial&quot; na f&aacute;brica do Grupo Galr&atilde;o, em Pero Pinheiro, no concelho de Sintra (Lisboa), mas com duas pedreiras de m&aacute;rmore no Alentejo, uma no concelho de Estremoz e a outra em Pardais, no vizinho concelho de Vila Vi&ccedil;osa, no distrito de &Eacute;vora.</p> <p>O projeto, financiado por fundos comunit&aacute;rios, nomeadamente do Plano de Recupera&ccedil;&atilde;o e Resili&ecirc;ncia (PRR), envolve ainda os grupos A. Bento Vermelho e Marmocazi, que t&ecirc;m &quot;grandes pedreiras&quot; nessa zona alentejana, e duas tecnol&oacute;gicas especializadas em pedra natural.</p> <p>Em declara&ccedil;&otilde;es &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa, Paulo Diniz, administrador do Grupo Galr&atilde;o, explicou hoje que a fase de testes laboratoriais em curso na f&aacute;brica da empresa dever&aacute; terminar &quot;em 2025&quot;, sendo depois o digitalizador de blocos montado nas suas pedreiras.</p> <p>&quot;Na f&aacute;brica, est&atilde;o a ser feitas fotos de miniblocos e, depois, esses s&atilde;o serrados em minichapas&quot;, as quais &quot;s&atilde;o fotografadas para for&ccedil;ar o algoritmo a melhorar-se a si pr&oacute;prio, pela experi&ecirc;ncia&quot;, ajudando-o &quot;a ficar mais inteligente&quot;, indicou.</p> <p>Ou seja, &quot;o que est&aacute; a ser desenvolvido &eacute; um sistema que vai prever o que est&aacute; dentro de cada bloco&quot; de pedra de m&aacute;rmore, antes de ser necess&aacute;rio serr&aacute;-lo em chapas.</p> <p>Paulo Dinis real&ccedil;ou que &quot;a finalidade&quot; passa por aplicar isto &agrave; escala industrial, isto &eacute;, fazer fotografias das faces dos blocos de m&aacute;rmore nas pedreiras e, &quot;utilizando um algoritmo de intelig&ecirc;ncia artificial, tentar prever como &eacute; que as chapas v&atilde;o sair&quot;.</p> <p>&quot;Portanto, &eacute; saltar aqui um passo, porque, hoje em dia, n&oacute;s s&oacute; temos a certeza disso depois de serrar o bloco&quot;, comparou.</p> <p>O administrador do Grupo Galr&atilde;o, que revelou que a ideia &eacute;, &quot;a partir de 2026, ter esta tecnologia a funcionar para o mercado&quot;, defendeu que a ferramenta vai permitir &quot;poupar mat&eacute;ria-prima e ter menos desperd&iacute;cios&quot; nas pedreiras.</p> <p>&quot;O m&aacute;rmore portugu&ecirc;s tem uma varia&ccedil;&atilde;o muito grande e h&aacute; sempre surpresas. Hoje, fazemos este trabalho pela experi&ecirc;ncia e corremos um risco, mas, se tivermos uma ferramenta que nos ajude a ter um grau de certeza maior, vai permitir-nos serrar com a certeza de que [a pedra] serve para aquele trabalho&quot;, frisou.</p> <p>E, al&eacute;m disso, o digitalizador, que &quot;para as pessoas comuns pode ser descrito como um &#39;raio-X&#39; a cores das pedras&quot;, tamb&eacute;m permitir&aacute; &quot;pegar no &#39;stock&#39; imenso&quot; de pedra que as empresas t&ecirc;m e &quot;transform&aacute;-lo num &#39;stock&#39; virtual de chapa, sem necessidade de serrar os blocos&quot;.</p> <p>&quot;Podemos prever o que vai sair desses blocos e criar um cat&aacute;logo virtual que, atrav&eacute;s da Internet, ser&aacute; f&aacute;cil de disponibilizar ao mercado mundial&quot;, sublinhou.</p> <p>&quot;Como o padr&atilde;o visual das placas depende do lado pelo qual se come&ccedil;a a cortar a pedra&quot; esta simula&ccedil;&atilde;o digital que est&aacute; a ser desenvolvida &quot;ir&aacute; permitir visualizar, com precis&atilde;o, toda a variedade de padr&otilde;es diferentes que pode ser obtida a partir de um s&oacute; bloco&quot;, afirmou Gustavo Paneiro, investigador e docente do DER do IST.</p> <p>Desta forma, os clientes das empresas portuguesas de pedra natural, &quot;sejam eles arquitetos, decoradores ou consumidores finais&quot;, v&atilde;o poder ter &quot;&agrave; sua disposi&ccedil;&atilde;o milhares e milhares de padr&otilde;es num cat&aacute;logo virtual&quot; e &quot;ser&aacute; a sua escolha que ir&aacute; determinar exatamente a forma como cada bloco ser&aacute; cortado&quot;, disse.</p> <p>Uma funcionalidade que &quot;tornar&aacute; as empresas parceiras do Instituto Superior T&eacute;cnico muito mais eficientes e, por isso, competitivas no mercado mundial da pedra natural&quot;, argumentou o investigador, citado no comunicado do IST.</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2562847/conselho-da-europa-aprova-primeiro-tratado-internacional-sobre-ia" target="_blank">Conselho da Europa aprova primeiro tratado internacional sobre IA</a></p>

Tags:
Partilhar: