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Inquérito sobre Orçamento Familiar 2022 revela desinteresse dos moçambicanos por educação

Mais de três milhões de moçambicanos entre 5 e 24 anos não frequentaram a escola em 2022, no país.

<p>Deste universo, mais de sete mil n&atilde;o t&ecirc;m interesse e quatro mil consideraram a educa&ccedil;&atilde;o cara. Os dados foram revelados hoje, na apresenta&ccedil;&atilde;o dos resultados do Inqu&eacute;rito sobre Or&ccedil;amento Familiar 2022.</p> <p>De Janeiro a Dezembro de 2022, o Instituto Nacional de Estat&iacute;stica entrevistou 15 mil, do total de mais de seis milh&otilde;es de agregados familiares existentes no pa&iacute;s, com o objectivo, entre outros, de fazer um diagn&oacute;stico das caracter&iacute;sticas das fam&iacute;lias mo&ccedil;ambicanas.</p> <p>O estudo considerou as seguintes vari&aacute;veis: educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, emprego, caracter&iacute;sticas de habita&ccedil;&atilde;o, bens dur&aacute;veis, despesas do consumo geral dos agregados familiares, receitas dos agregados familiares, turismo dom&eacute;stico e inclus&atilde;o financeira.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>EDUCA&Ccedil;&Atilde;O</strong></p> <p>Sobre a educa&ccedil;&atilde;o, o INE conclui que 23,9% da popula&ccedil;&atilde;o inquirida n&atilde;o frequentou a escola, no per&iacute;odo em alus&atilde;o, deste n&uacute;mero, quase 30% justificou falta de interesse e 20% considerou os estudos onerosos.</p> <p>Feitos os c&aacute;lculos, isso quer dizer que mais de tr&ecirc;s milh&otilde;es de mo&ccedil;ambicanos entre 5 e 24 anos, segundo o INE, n&atilde;o foram &agrave; escola em 2022. Deste universo, mais de sete mil por desinteresse e quatro mil consideram a educa&ccedil;&atilde;o cara.</p> <p>Outros factores tamb&eacute;m contribu&iacute;ram para este resultado: &ldquo;Podemos destacar tamb&eacute;m aqueles que dizem que a escola est&aacute; distante da sua casa, com 6,5% e aqueles que falam da falta de vagas, com 3% e ainda 1% que diz que n&atilde;o existe o n&iacute;vel seguinte, o que significa que a pessoa terminou um certo n&iacute;vel, mas na &aacute;rea onde vive, n&atilde;o existem outro n&iacute;veis de escolaridade&rdquo;, acrescentou Abdualai Dade, do Instituto Nacional de Estat&iacute;sticas.</p> <p>O Inqu&eacute;rito sobre Or&ccedil;amento Familiar 2022, lan&ccedil;ado esta quarta-feira, na Cidade de Maputo, revelou ainda que a taxa de analfabetismo esteve em 38%, no pa&iacute;s. A prov&iacute;ncia de Cabo Delgado teve maior percentagem, com 39,9%, e a Prov&iacute;ncia e Cidade de Maputo registaram os menores &iacute;ndices, com 9% e 6%, respetivamente.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>SA&Uacute;DE</strong></p> <p>Na sa&uacute;de, o Instituto Nacional de Estat&iacute;stica comparou o IOF 2014/2015, o 2019/2020 e os resultados obtidos no mais recente de 2022 e concluiu que houve maior insatisfa&ccedil;&atilde;o dos utentes quanto aos servi&ccedil;os de sa&uacute;de, &ldquo;com maior destaque para aqueles que reclamaram muito tempo de espera para serem atendidos, com cerca de 62%, segue-se a falta de &ecirc;xito, foram ao hospital, consultou o m&eacute;dico ou foi ao curandeiro, mas n&atilde;o teve &ecirc;xito&rdquo;, disse Abdualai Dade.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>EMPREGO</strong></p> <p>A taxa de desemprego situou-se em 18%, em todo o pa&iacute;s, com maior destaque para a Prov&iacute;ncia de Maputo, onde cerca de 36% do total de inquiridos disse estarem desempregados.</p> <p>Ademais, 71% da popula&ccedil;&atilde;o de 15 anos de idade ou mais estava a trabalhar, maior parte da qual nas &aacute;reas da agricultura, silvicultura e pesca, isto &eacute;, 74,7%.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>DESPESAS DO CONSUMO GERAL DOS AGREGADOS FAMILIARES</strong></p> <p>O IOF 2022 revelou tamb&eacute;m que as fam&iacute;lias mo&ccedil;ambicanas gastaram apenas 1,6%, com a educa&ccedil;&atilde;o, comparativamente aos 2,4% entre 2019 e 2020.</p> <p>Por seu turno, as despesas com a sa&uacute;de reduziram de 1,7% para 0,5%, no ano passado. Neste per&iacute;odo, a maior parte do dinheiro foi para a compra de produtos alimentares e bebidas alco&oacute;licas, com uma despesa mensal de cerca de 39%.</p> <p>Os gastos com o transporte aumentaram para 11%, contra 9, 6%. O mesmo aconteceu com as comunica&ccedil;&otilde;es, que de 4,8% passaram para 6,3. Os mo&ccedil;ambicanos n&atilde;o se importaram muito com vestu&aacute;rios e cal&ccedil;ados, que mereceram apenas 5,7%.</p> <p>O inqu&eacute;rito revelou tamb&eacute;m que, em m&eacute;dia, os agregados nacionais residentes no pa&iacute;s tiveram um gasto mensal de cerca de 8 666 Meticais, sendo que a m&eacute;dia mensal da &aacute;rea urbana se situou acima da m&eacute;dia nacional com 12 548,00 Meticais e a da &aacute;rea rural abaixo com 6 680,00 Meticais.</p> <p>Mais de 60% do rendimento da popula&ccedil;&atilde;o prov&eacute;m da conta pr&oacute;pria. Nas zonas urbanas, 60,2% da receita prov&eacute;m do trabalho assalariado, enquanto na zona rural a maior fonte de receita &eacute; o trabalho por conta pr&oacute;pria com 83,1%.</p> <p>Segundo o inqu&eacute;rito, 10% da popula&ccedil;&atilde;o &eacute; pobre e contribuiu com menos de 1% da despesa total. J&aacute; a mesma propor&ccedil;&atilde;o dos mais ricos &eacute; respons&aacute;vel por cerca de 40% da despesa.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>INCLUS&Atilde;O FINANCEIRA</strong></p> <p>O IOF 2022 procurou saber junto da popula&ccedil;&atilde;o de cinco anos de idade ou mais, se tinha pelo menos uma conta banc&aacute;ria, a exist&ecirc;ncia e proximidade de uma ag&ecirc;ncia banc&aacute;ria ou ATM, e tamb&eacute;m se as mesmas usavam a carteira m&oacute;vel para as transac&ccedil;&otilde;es financeiras.</p> <p>A Cidade e Prov&iacute;ncia de Maputo registam as maiores percentagens da popula&ccedil;&atilde;o que tem conta banc&aacute;ria, com 67,8% e 57,0%, respectivamente, e a Prov&iacute;ncia da Zamb&eacute;zia com 11,1%, regista a menor percentagem</p> <p>97,5% da popula&ccedil;&atilde;o possui conta na carteira m&oacute;vel e 35,1% da popula&ccedil;&atilde;o possui nos bancos.</p> <p>Os dados do IOF servem de suporte para a formula&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas e programas sectoriais do Governo, sector privado, academia e da sociedade civil, no geral.</p>

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