E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Inovação tecnológica como IA desafia "cultura de antecipação"

O professor e investigador Vania Baldi considera, em entrevista à Lusa, que inovações tecnológicas como a inteligência artificial (IA) desafiam "uma cultura da predição e de antecipação", do pensar o agora, em detrimento da reflexão.

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls"> <p>No seu livro &#39;Otimizados e desencontrados: &Eacute;tica e cr&iacute;tica na era da inconsci&ecirc;ncia artificial&#39;, Vania Baldi elabora um conjunto de an&aacute;lises sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre a inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica e v&aacute;rios setores.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Sobre o que o levou a escrever o livro, o investigador destaca &quot;anos de pesquisa e de trabalho nesta &aacute;rea&quot; ao facto de &quot;ao longo dos &uacute;ltimos anos&quot; ter-se deparado &quot;com alunos e investigadores jovens e seniores a lidarem com as inova&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas&quot;.</p> <p>Da&iacute; resultou a an&aacute;lise sobre a forma como se lida &quot;com o fen&oacute;meno da inova&ccedil;&atilde;o e da imerg&ecirc;ncia das novidades tecnol&oacute;gicas e todas as repercuss&otilde;es nos diferentes &acirc;mbito da vida quotidiana, quer p&uacute;blica, quer privada&quot;, sublinha.</p> <p>Em suma, trata-se de uma an&aacute;lise &quot;da maneira como costumamos olhar e apreciar todo este lado da inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica&quot;.</p> <p>Depois, &quot;tendo estudado v&aacute;rios aspetos de como a tecnologia interfere em v&aacute;rios processos da nossa vida, tamb&eacute;m quis analisar v&aacute;rias interconex&otilde;es entre aspetos oriundos da tecnologia que s&atilde;o assimilados e retraduzidos nas pr&aacute;ticas laborais, relacionais&quot;, no estudo, na comunica&ccedil;&atilde;o, &quot;tentando perceber como algumas dessas inova&ccedil;&otilde;es s&atilde;o &agrave;s vezes, em parte, transformadas&quot; pela forma como s&atilde;o utilizadas, prossegue Vania Baldi.</p> <p>No fundo, o objetivo foi &quot;analisar as interrela&ccedil;&otilde;es entre as diferentes esferas da organiza&ccedil;&atilde;o do social, da pol&iacute;tica e a comunica&ccedil;&atilde;o digital&quot;, o mundo do trabalho, do ensino, das rela&ccedil;&otilde;es, do ambiente e a tecnologia digital.</p> <p>Isso inclui tamb&eacute;m a an&aacute;lise &agrave; &quot;rela&ccedil;&atilde;o com o tempo, onde &eacute; muito presente a discuss&atilde;o sobre um conceito-chave que &eacute; o presentismo, ou seja, perdemos uma rela&ccedil;&atilde;o com a temporalidade, com algo que tem uma dimens&atilde;o de m&eacute;dio/longo prazo sobre o qual podemos investir e, portanto, esperar, de conseguirmos deixar amadurecer os fen&oacute;menos para depois aproveit&aacute;-los&quot; e isso &quot;tudo reduz-se em sistemas aliciados por sistemas de intelig&ecirc;ncia artificial que est&atilde;o sempre a desafiar uma cultura da predi&ccedil;&atilde;o, da previs&atilde;o, da antecipa&ccedil;&atilde;o&quot;, sublinha o acad&eacute;mico.</p> <p>O foco no &quot;agora&quot;, que &eacute; algo que vem de uma sociedade medi&aacute;tica sempre ligada &agrave;s &uacute;ltimas estat&iacute;sticas, sondagens, tend&ecirc;ncias, &quot;deixa de lado a capacidade de poder pensar como tra&ccedil;ar um futuro&quot; e como n&atilde;o h&aacute; uma perspetiva de m&eacute;dio/longo prazo, &quot;deixa de haver uma reflex&atilde;o sobre as interrela&ccedil;&otilde;es entre passado, presente e futuro&quot;, jogando uma esp&eacute;cie de &#39;pingue-pongue com o presente&quot;, considera.</p> <p>Ora, isso torna-se &quot;um acelerador de fen&oacute;menos da polariza&ccedil;&atilde;o, de uma consolida&ccedil;&atilde;o forte de cren&ccedil;as, da falta h&aacute;bito em p&ocirc;r em discuss&atilde;o, de autorrefletir sobre a pr&oacute;pria maneira de interpretar e sentir as coisas&quot;, acrescenta, apontando que para as pessoas mudarem &eacute; preciso tempo, &quot;at&eacute; de vazio informacional&quot;, para &quot;amadurecer uma ideia&quot;, sublinha.</p> <p>No livro, Vania Baldi tamb&eacute;m aborda a ideia da inconsci&ecirc;ncia artificial, num cap&iacute;tulo dedicado &agrave; IA, que &eacute; uma &quot;cr&iacute;tica da maneira como se perspetiva a no&ccedil;&atilde;o de intelig&ecirc;ncia&quot;. Esta passa pela capacidade de &quot;poder suspender o ju&iacute;zo, poder ficar com a d&uacute;vida, de refletir sobre a d&uacute;vida e, eventualmente, voltar atr&aacute;s, adaptar-se a contextos diferentes&quot;, diz.</p> <p>Ora, a IA &quot;visa apenas otimizar processos funcionais com l&oacute;gicas computacionais&quot;, &quot;n&atilde;o questiona, ao contr&aacute;rio da intelig&ecirc;ncia humana&quot;, salienta o investigador.</p> <p>O objetivo do livro &eacute;, em s&iacute;ntese, &quot;tentar que o impl&iacute;cito fique expl&iacute;cito, tentar revelar uma parte das coisas sobre as quais dificilmente questionamos numa perspetiva cr&iacute;tica&quot; para que haja uma reflex&atilde;o sobre as v&aacute;rias dimens&otilde;es de impacto da tecnologia na forma como se vive.</p> <p>At&eacute; porque atualmente &quot;temos um conhecimento que nunca tivemos sobre v&aacute;rios aspetos da vida humana, clima, tecnologia, biologia&quot;, entre outros, mas &quot;apesar de tudo sentimo-nos impotentes face ao que podemos fazer para transformar as coisas&quot;, remata.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2526613/o-galaxy-ring-vai-ajuda-lo-a-ter-o-seu-proprio-nutricionista-virtual" target="_blank">O Galaxy Ring vai ajud&aacute;-lo a ter o seu pr&oacute;prio nutricionista virtual</a></p> </div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words">&nbsp;</div> <div class="sentences">&nbsp;</div> </div> </div> <p>&nbsp;</p>

Tags:
Partilhar: