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IA de Israel 'marcou' 37 mil palestinianos como possíveis combatentes

Nos primeiros dias da guerra na Faixa de Gaza, o Exército israelita dependeu quase inteiramente de um sistema de Inteligência Artificial (IA)

<p>Otrabalho divulgado esta quarta-feira pelo jornal israelita Sicha Mekomit (chamado +972 na sua vers&atilde;o inglesa) e baseado em fontes dos servi&ccedil;os secretos, refere que os soldados adotaram inquestionavelmente as &quot;listas de morte&quot; recomendadas por um sistema de IA, que at&eacute; agora n&atilde;o tinha sido utilizado, o Lavender.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Depois de os nomes surgirem, &quot;pessoal humano&quot; gastou cerca de &quot;20 segundos&quot; em cada alvo antes de autorizar um bombardeamento, simplesmente para garantir que o alegado combatente era um homem, detalha a investiga&ccedil;&atilde;o.</p> <p>O jornal destaca, no entanto, que o Lavender n&atilde;o &eacute; t&atilde;o sofisticado e apresenta uma margem de erro em cerca de 10% dos casos, podendo por isso ocasionalmente incriminar &quot;indiv&iacute;duos que t&ecirc;m apenas uma liga&ccedil;&atilde;o t&eacute;nue com grupos militantes, ou nenhuma liga&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>Al&eacute;m disso, segundo a reportagem, o Ex&eacute;rcito atacou essas pessoas, muitos poss&iacute;veis combatentes de baixa patente, sistematicamente nas suas casas e &quot;normalmente &agrave; noite, enquanto toda a sua fam&iacute;lia estava presente&quot;, considerando-os um alvo mais f&aacute;cil, aumentando a n&uacute;mero de mortes de civis.</p> <p>&quot;N&atilde;o est&aacute;vamos interessados em matar agentes [do Hamas] apenas quando estes estavam em um edif&iacute;cio militar ou a participar numa opera&ccedil;&atilde;o militar&quot;, contou um oficial de intelig&ecirc;ncia ao +972.</p> <p>&quot;Pelo contr&aacute;rio, as For&ccedil;as de Defesa de Israel bombardearam [os alegados combatentes] nas suas casas, sem hesita&ccedil;&atilde;o, como primeira op&ccedil;&atilde;o&quot;, acrescentou, alegando que &quot;o sistema est&aacute; desenhado para procur&aacute;-los nestas situa&ccedil;&otilde;es&quot;.</p> <p>Nas primeiras semanas da guerra, segundo duas fontes an&oacute;nimas citadas pela investiga&ccedil;&atilde;o, o Ex&eacute;rcito decidiu que o ataque contra qualquer agente do Hamas identificado por Lavender poderia resultar na morte de &quot;15 ou 20 civis&quot;, uma propor&ccedil;&atilde;o de baixas n&atilde;o-combatentes sem precedentes.</p> <p>Al&eacute;m disso, o Ex&eacute;rcito preferiu utilizar m&iacute;sseis n&atilde;o guiados contra estes militantes de menor escal&atilde;o, vulgarmente conhecidos como &quot;bombas mudas&quot; e documentados em Gaza no final de dezembro pela esta&ccedil;&atilde;o CNN, capazes de destruir edif&iacute;cios inteiros e causar outras v&iacute;timas.</p> <p>&quot;N&atilde;o &eacute; aconselh&aacute;vel desperdi&ccedil;ar bombas caras com pessoas sem import&acirc;ncia. &Eacute; muito caro para o pa&iacute;s e h&aacute; escassez [dessas bombas]&quot;, explicou um oficial de intelig&ecirc;ncia a esta reportagem, sob condi&ccedil;&atilde;o de anonimato.</p> <p>De acordo com esta investiga&ccedil;&atilde;o, o uso deste e de outros sistemas de IA como o &quot;Gospel&quot;, baseado em algoritmos, estar&aacute; relacionado ao elevado n&uacute;mero de mortes de civis na Faixa de Gaza, j&aacute; que segundo n&uacute;meros israelitas n&atilde;o verificados, 13 mil mortes teriam alguma rela&ccedil;&atilde;o com grupos islamitas entre mais de 32.900 mortos reportados pelas autoridades do enclave, sem contar os milhares de corpos que permanecem sob toneladas de escombros.</p> <p>Dados divulgados na ter&ccedil;a-feira pelo Banco Mundial apontaram que 84% das instala&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas no enclave palestiniano tamb&eacute;m foram danificadas ou destru&iacute;das, o sistema de &aacute;gua e saneamento est&aacute; quase em colapso, com 5% da sua produ&ccedil;&atilde;o, e as estradas e infraestruturas foram devastadas pelas for&ccedil;as israelitas.</p> <p>A guerra na Faixa de Gaza &eacute; uma resposta de Israel ao ataque sem precedentes de 07 de outubro do ano passado de combatentes do Movimento de Resist&ecirc;ncia Isl&acirc;mica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organiza&ccedil;&atilde;o terrorista pelos Estados Unidos, a Uni&atilde;o Europeia e Israel -- em territ&oacute;rio israelita, que fez 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 ref&eacute;ns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 ter&atilde;o entretanto morrido, segundo o mais recente balan&ccedil;o das autoridades israelitas.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/fama/2532870/billie-eilish-e-mais-de-200-artistas-pedem-que-ia-respeite-direitos" target="_blank">Billie Eilish e mais de 200 artistas pedem que IA respeite direitos</a></p>

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