Antigo professor, Walz, de 60 anos, está atualmente no seu segundo mandato como governador do Minnesota e preside à Associação de Governadores Democratas
<p>Depois de a candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, o apresentar, esta segunda-feira, como candidato a vice-presidente, Tim Walz disse que é "a honra de uma vida": </p> <p> </p> <p>"É a honra de uma vida inteira juntar-me a Kamala Harris nesta campanha. Vou dar tudo", escreveu na rede social X (antigo Twitter).</p> <p>Na mesma publicação, Tim Walz elogiou Harris: "Está a mostrar-nos a política do que é possível. Faz-me lembrar um pouco o primeiro dia de aulas. Por isso, vamos a isto, pessoal! Juntem-se a nós", acrescentou.</p> <p>Walz, governador do estado norte-americano do Minnesota, era um de três políticos democratas nos quais Kamala Harris tinha focado a sua busca por um parceiro de candidatura, sendo os outros o governador da Pensilvânia Josh Shapiro e o senador do Arizona Mark Kelly.</p> <p> </p> <p> </p> <p>Embora não seja muito reconhecido fora das fronteiras do seu estado, Walz distinguiu-se nas últimas semanas pelas suas repetidas farpas contra Donald Trump e contra a sua equipa, que descreve como um grupo de "tipos estranhos".</p> <p>Nascido no estado do Nebraska, Walz passou muitos anos no mundo do ensino, principalmente como professor de geografia e treinador de futebol americano, que ensinou durante alguns meses na China, logo após os acontecimentos de Tiananmen na primavera de 1989.</p> <p>"O facto de poder frequentar uma escola secundária chinesa nesse momento crucial pareceu-me relevante", confidenciou anos mais tarde perante uma comissão do Congresso norte-americano, onde serviu durante 12 anos.</p> <p>Quando circularam os primeiros rumores sobre a sua nomeação como candidato a vice-presidente na equipa de Kamala Harris, alguns internautas questionaram-se sobre se esta dupla teria realmente a mesma idade, acompanhando as suas mensagens com uma foto de Tim Walz, careca.</p> <p>Em janeiro de 2019, Tim Walz tornou-se governador do Minnesota, estado da região dos Grandes Lagos, que faz fronteira com o Canadá.</p> <p>Quase um ano depois, foi obrigado a lidar com duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado enquanto estava sob custódia policial.</p> <p>Por causa deste episódio, Minneapolis, a maior cidade do estado do Minnesota, foi o epicentro de um enorme movimento de manifestações antirracistas que abalaram a América durante vários meses.</p> <p>Os republicanos acusam este governador de ser demasiado negligente na gestão do crime, enquanto os democratas, pelo contrário, elogiam o seu historial na proteção do direito ao aborto.</p> <p>Após a decisão do Supremo Tribunal, em junho de 2022, que anulou a proteção constitucional do aborto, Tim Walz empenhou-se em tornar o seu estado num santuário para mulheres que procuravam fazer um aborto.</p> <p>Uma clínica, localizada no estado vizinho do Dakota do Norte, que é muito mais repressivo neste tema, mudou-se mesmo para o seu lado da fronteira.</p> <p>Em março de 2024, Walz participou na primeira viagem de um vice-presidente a uma clínica de aborto, ao lado de Kamala Harris, com quem espera agora entrar na Casa Branca.</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2611100/kamala-harris-oficializa-escolha-de-tim-walz-para-vice" target="_blank">Kamala Harris oficializa escolha de Tim Walz para 'vice'</a></p>