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Governo moçambicano deve 1,3 milhões em horas extraordinárias na educação

O Ministério da Economia e Finanças moçambicano reconhece que ainda tem por liquidar mais de 87 milhões de meticais (1,3 milhão de euros) de horas extraordinárias de 2022 no setor da educação, mas detetou situações de "empolamento".

<p>Num esclarecimento enviado hoje &agrave; Lusa, face aos protestos de professores que reivindicam esses pagamentos, o minist&eacute;rio refere que no setor da educa&ccedil;&atilde;o foi reportado o montante de 236.244.405,95 meticais (3,4 milh&otilde;es de euros) referente a horas extraordin&aacute;rias nos meses de outubro e novembro de 2022.</p> <p>Desse total, foram validados pagamentos no valor de 158.190.652,16 meticais (2,3 milh&otilde;es de euros) a 5.404 funcion&aacute;rios e foram pagos &quot;at&eacute; ao momento&quot; 71.113.995,11 meticais (um milh&atilde;o de euros) a 2.474 funcion&aacute;rios, de 137 escolas.</p> <p>&quot;O que perfaz parte do universo das escolas da cidade e prov&iacute;ncia de Maputo, cidades de Quelimane e de Nampula, estando em falta o pagamento de 87.076.657,06 meticais correspondente a 2.930 funcion&aacute;rios&quot;, l&ecirc;-se na mesma informa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Algumas dezenas de professores mo&ccedil;ambicanos sa&iacute;ram quarta-feira &agrave;s ruas da Matola, nos arredores de Maputo, em protesto pela falta de pagamento de horas extraordin&aacute;rias, amea&ccedil;ando boicotar o arranque do ano letivo no pa&iacute;s.</p> <p>&quot;Se o Governo n&atilde;o responder &agrave;s nossas inquieta&ccedil;&otilde;es, que tenha certeza de que no dia da abertura [do ano letivo], ao inv&eacute;s de o professor ir apresentar-se &agrave;s escolas, ir&aacute; apresentar-se aos jardins, &agrave;s pra&ccedil;as, pracetas e &agrave;s ruas, para reivindicar aquilo que s&atilde;o os seus direitos roubados&quot;, disse &agrave; comunica&ccedil;&atilde;o social Isac Marrengula, presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de Professores (Anapro).</p> <p>V&aacute;rias classes profissionais, entre as quais professores, m&eacute;dicos e profissionais de sa&uacute;de, queixam-se, desde 2023, de atrasos e cortes no pagamento de sal&aacute;rios e horas extraordin&aacute;rias desde que foi introduzida a Tabela Salarial &Uacute;nica (TSU) na fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, que est&aacute; a ser alvo de forte contesta&ccedil;&atilde;o e cr&iacute;ticas de v&aacute;rios segmentos do aparelho do Estado mo&ccedil;ambicano.</p> <p>Empunhando cartazes com mensagens cr&iacute;ticas, como &quot;Burlaram-nos na TSU&quot; ou &quot;Paguem as horas extras&quot;, os professores, vestindo as suas batas, percorreram as ruas da Matola, entoando hinos de protesto e pedindo que sejam pagas as horas extraordin&aacute;rias.</p> <p>No mesmo documento informativo, o Minist&eacute;rio da Economia e Finan&ccedil;as salienta que com a implementa&ccedil;&atilde;o da TSU, em outubro e novembro de 2022, as horas extraordin&aacute;rias &quot;n&atilde;o foram processadas, tendo sido institu&iacute;do o procedimento de valida&ccedil;&atilde;o pela Inspe&ccedil;&atilde;o Geral de Finan&ccedil;as&quot;.</p> <p>&quot;A aferi&ccedil;&atilde;o da informa&ccedil;&atilde;o relativa ao trabalho extraordin&aacute;rio realizado pelos funcion&aacute;rios e agentes do Estado nas restantes escolas retoma no corrente m&ecirc;s, o que inclui a d&iacute;vida referente ao exerc&iacute;cio econ&oacute;mico de 2023&quot;, acrescenta, dando ainda conta que at&eacute; ao momento &quot;foi validado&quot; o montante de 337.421.590,71 meticais, a pagar a 3.235 funcion&aacute;rios de 149 escolas.</p> <p>Refere igualmente que, &quot;em coordena&ccedil;&atilde;o&quot; com o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Humano, o Minist&eacute;rio da Economia e Finan&ccedil;as &quot;tem vindo a trabalhar no processo de melhoria e controlo das horas extraordin&aacute;rias realizadas pelo corpo docente&quot; e que o Governo &quot;tem priorizado o pagamento do sal&aacute;rio e de outros suplementos, ficando as horas extraordin&aacute;rias condicionadas ao processo de verifica&ccedil;&atilde;o e valida&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>Salientar igualmente que no processo de fiscaliza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via das despesas com horas extraordin&aacute;rias constataram-se irregularidades como apresenta&ccedil;&atilde;o de horas extraordin&aacute;rias &quot;sem evid&ecirc;ncia da sua realiza&ccedil;&atilde;o&quot;, c&aacute;lculo dessas compensa&ccedil;&otilde;es &quot;sem a realiza&ccedil;&atilde;o das horas m&iacute;nimas obrigat&oacute;rias de trabalho&quot;, marca&ccedil;&atilde;o de horas extraordin&aacute;rias &quot;sem ter sido assinado o livro de ponto&quot; ou aplicadas nos dias de descanso semanal e ainda o &quot;empolamento das horas&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte:&nbsp;https://www.noticiasaominuto.com/economia/2473740/governo-mocambicano-deve-1-3-milhoes-em-horas-extraordinarias-na-educacao</p>

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