E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Geração criativa por IA obriga humanos a ter de "avaliar o que é bom"

A capacidade de geração de matéria criativa por algoritmos e outros sistemas de inteligência artificial, como o ChatGPT

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls">Translator</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words">&nbsp;</div> <div class="sentences">&nbsp;</div> </div> </div> <p>Em entrevista &agrave; Lusa, &agrave; margem do 14.&ordm; Simp&oacute;sio &quot;Aqu&eacute;m e Al&eacute;m da Mente&quot;, da Funda&ccedil;&atilde;o Bial, o professor de psicologia da Universidade de Paris Cit&eacute; considera que a intelig&ecirc;ncia artificial (IA) tem uma capacidade de produ&ccedil;&atilde;o inigual&aacute;vel, mas que se alimenta do que j&aacute; foi criado por humanos, que ter&atilde;o agora de decidir o que manter do que for gerado pelos sistemas.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;Como estes sistemas s&atilde;o muito bons a gerar, o que t&ecirc;m provocado &eacute; que passamos a ter de tomar uma decis&atilde;o sobre o que &eacute; bom. Avaliar. N&atilde;o o faz&iacute;amos muito, porque n&atilde;o consegu&iacute;amos gerar assim tanto. &Eacute; preciso gerar, mas tamb&eacute;m decidir o que manter&quot;, explica.</p> <p>Assim, a diferen&ccedil;a reside na quantidade, porque se um humano &quot;produz tr&ecirc;s ideias e decide qual delas &eacute; a menos est&uacute;pida&quot;, uma ferramenta como o ChatGPT &quot;produz 100 num milissegundo&quot;, obrigando a essa avalia&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&quot;Se toda a gente usa o ChatGPT, toda a gente est&aacute; a &#39;chupar&#39; a mesma coisa. Voltamos ao nada, &agrave; banalidade. Quanto mais o usam, mais baixa o seu poder criativo. Num estudo recente, alimentaram o ChatGPT com a sua pr&oacute;pria produ&ccedil;&atilde;o, o que lhe provocou um tipo de doen&ccedil;a das vacas loucas&quot;, explicou.</p> <p>De resto, a apresenta&ccedil;&atilde;o de Lubart no simp&oacute;sio, a de abertura na quarta-feira, permitiu-lhe apresentar um dos estudos que levou a cabo, em que duas vers&otilde;es da plataforma ChatGPT, a que se tem dedicado quase exclusivamente desde o lan&ccedil;amento, fazem um teste desenvolvido por si, uma avalia&ccedil;&atilde;o do potencial criativo.</p> <p>Ao lado dos 100 testes realizados na &#39;m&aacute;quina&#39;, foram entregues as mesmas tarefas a crian&ccedil;as de 12 anos em Fran&ccedil;a, com o ChatGPT acima da m&eacute;dia humana no cap&iacute;tulo de diverg&ecirc;ncia e igual &agrave; m&eacute;dia no integrativo, relacionado com a escrita de hist&oacute;rias.</p> <p>&Eacute; por essas conclus&otilde;es que diz que &quot;de momento n&atilde;o h&aacute; risco de os humanos serem substitu&iacute;dos&quot;, ainda que tenha acabado a palestra com uma nota bem humorada: &quot;para os rob&ocirc;s e a IA, eu n&atilde;o me oponho a que criem&quot;.</p> <p>&quot;Os sistemas atuais foram treinados com toda a Internet. Ora, quem &eacute; que p&ocirc;s tudo na Internet? N&oacute;s, humanos. Parece impressionante [a capacidade destes sistemas], mas depois um mi&uacute;do de 12 anos conta uma hist&oacute;ria t&atilde;o boa quanto ele, que &#39;comeu&#39; toda a Internet&quot;, remata.</p> <p>Estes resultados dececionantes para a IA foram contrapostos com exemplos como o do rob&ocirc; Shimon, que improvisa no xilofone em conjunto com m&uacute;sicos de &#39;jazz&#39;, dando concertos pelo mundo, ou a pintora de retratos Ai-da, sistemas &quot;sem c&eacute;rebro prototipal e a produzir valor&quot;.</p> <p>Sobre a criatividade, defendeu uma abordagem contextualizada e que se estende para l&aacute; da necessidade &uacute;nica de um c&eacute;rebro humano, sendo &quot;por natureza contextualizada&quot; e a acontecer &quot;numa interface&quot;.</p> <p>&quot;Se um cometa acertar na Terra e numa pedra, tornando-a um objeto art&iacute;stico. N&atilde;o dir&iacute;amos que &eacute; criativo, n&atilde;o h&aacute; processo, nenhum produtor ou agente. Bem, a Natureza, poderia dizer-se, criou isso. Seria darwiniano. Se tens um macaquinho que acerta em carateres &agrave; toa e eventualmente escreve um soneto de Shakespeare, o processo n&atilde;o funciona. Mas se tiras a plateia, n&atilde;o h&aacute; um sistema de valor. Mas tu &eacute;s a tua pr&oacute;pria plateia...&quot;, exemplifica.</p> <p>&Eacute; por essa raz&atilde;o, comentou ainda, que &quot;algu&eacute;m que n&atilde;o &eacute; reconhecido em vida &eacute;, depois, aclamado por ter escrito um grande romance h&aacute; 100 anos, porque a ideia chegou a um p&uacute;blico, e foi a&iacute; que se deu a criatividade&quot;.</p> <p>Os humanos, enquanto &quot;criaturas de h&aacute;bitos&quot;, passam de resto por um &quot;deslizar fundamental para n&atilde;o fazer nada e pregui&ccedil;ar&quot;, pelo baixo esfor&ccedil;o e a conserva&ccedil;&atilde;o de energia, e vivem &quot;a maior parte da vida a repetir o que j&aacute; se sabe fazer&quot;.</p> <p>&quot;Para ser criativo, &eacute; preciso romper com a rotina, exige mais energia. Se vamos morrer, queremos logo fazer o esfor&ccedil;o e encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o. Mas antes...&quot;, brincou.</p> <p>Todd Lubart &eacute; professor de psicologia na Universidade Paris Cit&eacute; e editor de v&aacute;rios jornais acad&eacute;micos ligados ao tema da criatividade, tendo recebido v&aacute;rios pr&eacute;mios e presidindo, atualmente, &agrave; Sociedade Internacional para o Estudo da Criatividade e Inova&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2533716/pode-vir-a-ter-de-pagar-por-algumas-pesquisas-feitas-no-google" target="_blank">Pode vir a ter de pagar por algumas pesquisas feitas no Google</a></p>

Tags:
Partilhar: