Uma equipa de investigadores norte-americanos descobriu como uma mutação genética encontrada em macacos e ratos interfere com os vírus HIV e ébola, uma descoberta que pode ter aplicação em tratamentos em humanos.
<p>Liderada por cientistas da University of Utah e da The Rockefeller University, a investigação permitiu determinar como o gene 'retroCHMP3' interrompe a capacidade de certos vírus de saírem de uma célula infetada, impedindo-os, desta forma, de atingir outras células.</p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1828471/investigadores-descobrem-mutacoes-ligadas-a-infertilidade-masculina" target="_blank">Investigadores descobrem mutações ligadas à infertilidade masculina</a></p> <p>"Esta foi uma descoberta inesperada. Ficamos surpresos ao constatar que, ao desacelerar um pouco a biologia celular, retiramos de jogo a replicação de um vírus", salientou Nels Elde, geneticista da University of Utah e autor principal do estudo publicado hoje na revista Cell.</p> <p>Segundo este estudo, o 'retroCHMP3' constitui uma cópia de um gene denominado proteína 3, ou 'CHMP3', identificado em animais como macacos e ratos, enquanto os humanos apenas possuem o original 'CHMP3', que desempenha um papel fundamental na manutenção da integridade da membrana celular.</p> <p>Alguns vírus, como o HIV, utilizam esta via para se desligarem da membrana celular, infetando outras células.</p> <p>A investigação agora publicada chegou à conclusão que as duplicações do 'CHMP3' que descobriram em primatas e ratos impediram que isso acontecesse, o que poderá funcionar como proteção contra alguns vírus.</p> <p>Com base nessa possibilidade, a equipa de cientistas começou a explorar a forma como as variantes do 'retroCHMP3' poderão funcionar como antivirais.</p> <p>"No futuro, esperamos aprender com esta lição e usá-la para combater doenças virais", adiantou Nels Elde.</p>