
Nas escolas portuguesas, a felicidade é a prioridade de 99% dos diretores, revela um relatório da UNESCO, que indica que 92% dos professores se sente satisfeito com o progresso dos seus alunos.
<p>Orelatório global da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO) 'Why the World Needs Happy Schools', agora divulgado, mostra que tanto os diretores como os professores portugueses destacam a felicidade como um pilar da educação.</p> <p> </p> <p>Oito em cada dez professores inquiridos disseram sentir orgulho na criação de um ambiente positivo na sala de aula e 68,5% disse sentir felicidade ao ensinar, segundo um balanço da implementação do modelo 'Happy Schools', que existe há seis anos em Portugal.</p> <p>Dois em cada três professores encaram o futuro com esperança e mais de metade (55,4%) deseja "currículos mais cativantes", segundo as respostas de 2.042 professores.</p> <p>No entanto, num outro inquérito, os professores disseram sentir-se mais infelizes na escola do que nas suas vidas pessoais, expressando descontentamento com a falta de reconhecimento, salários baixos e excesso de burocracia.</p> <p>Estes últimos dados foram recolhidos pela Atlântica - Instituto Universitário, que criou uma ferramenta para medir os níveis de felicidade nas escolas, que foi aplicada pela primeira vez em novembro do ano passado junto de 845 professores.</p> <p>Regressando aos resultados do inquérito da UNESCO, ao qual responderam também 115 diretores de escolas portuguesas, estes responsáveis defenderam que o foco no bem-estar tem contribuído para ambientes de aprendizagem mais felizes e positivos: 99,1% dão prioridade à criação de uma cultura escolar feliz.</p> <p>Já 97% dos diretores consideram que as suas escolas são lugares seguros, 90% reportam um clima escolar positivo e 86% afirmam ter colocado o bem-estar dos alunos e professores em primeiro lugar, acrescenta o estudo agora divulgado.</p> <p>Três em cada quatro diretores (76%) disseram ser sua intenção promover um ensino inovador, personalizado e com um maior foco na criatividade.</p> <p>Nos últimos anos, o programa nacional passou a oferecer também uma formação dos diretores portugueses, na qual já participaram 240 diretores, estando agendado o próximo curso para abril.</p> <p>Em Portugal, o estudo das escolas felizes está a ser desenvolvido pelo Programa Happy School, uma parceria entre a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) e a Atlântica - Instituto Universitário, entidade responsável pela ferramenta que mede a felicidade nas escolas.</p> <p>O relatório fez ainda uma compilação de indicadores sobre temáticas como o 'bullying', o abandono escolar e a saúde mental a nível mundial.</p> <p>No mundo, "um em cada três alunos é vítima de 'bullying' na escola todos os meses", estando "o 'ciberbullying' generalizado a nível mundial", segundo dados da UNESCO relativos a 2019 e citados no relatório, que não apresenta dados nacionais sobre o fenómeno.</p> <p>Este mês nasceu em Portugal o Observatório da Convivência Escolar, um projeto que disponibiliza uma plataforma para denúncias de casos e para apoiar as vítimas, as famílias e a comunidade escolar.</p> <p>O Observatório reúne a Federação Nacional de Educação, a Confederação Nacional das Associações de Pais, a Associação de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas e ainda a Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho.</p> <p>[Notícia atualizada às 15h52]</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2523953/unesco-paises-devem-combater-iliteracia-tecnologica-e-regular-ia" target="_blank">UNESCO: Países devem combater iliteracia tecnológica e regular IA</a></p>