A divulgação de notícias falsas, conhecidas como fake news, pode interferir negativamente em vários setores da sociedade, como política, saúde e segurança.
<p> </p> <p>Apesar de parecer recente, o termo <em>fake news</em>, ou notícia falsa, em português, é mais antigo do que aparenta. Segundo o dicionário Merriam-Webster, essa expressão é usada desde o final do século XIX. O termo é em inglês, mas se tornou popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais.</p> <h2><strong>O que significa <em>fake news</em>?</strong></h2> <p>Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo <em>fake news</em> durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. <em>Fake news</em> é um termo em inglês e é usado para referir-se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais.</p> <p>Na época em que Trump foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton.</p> <p> </p> <h2><strong>Como funcionam as <em>fake news</em>?</strong></h2> <p>Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.</p> <p>No entanto, além da finalidade puramente comercial, as <em>fake news</em> podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.</p> <p>É isso o que acontece, por exemplo, durante períodos eleitorais, nos quais empresas especializadas criam boatos, que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários. O Departamento de Justiça Americano denunciou três agências russas, afirmando que elas teriam espalhado informações falsas na internet e influenciarem as eleições norte-americanas de 2016.</p> <p>Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada <em>deep web</em>, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.</p> <p> </p> <p>Para disseminar informações falsas, é criada uma página na internet. Um robô criado pelos programadores desses grupos é o responsável por disseminar o <em>link</em> nas redes. Quanto mais o assunto é mencionado nas redes, mais o robô atua, chegando a disparar informações a cada dois segundos, o que é humanamente impossível.</p> <p>Com tamanho volume de disseminação de conteúdos, pessoas reais ficam vulneráveis às <em>fake news</em> e acabam compartilhando essas informações. Dessa forma, está criada uma rede de mentiras com pessoas reais.</p> <p>Como os responsáveis pelas <em>fake news</em> atuam, geralmente, em uma região da <em>web</em> que é oculta para a grande maioria dos usuários, não é fácil identificá-los e, consequentemente, puni-los. Além disso, essas pessoas usam servidores de fora do país, em <em>lan houses</em> que não exigem identificação.</p> <p>Qualquer tipo de informação falsa, da mais simples à mais descabida, induz as pessoas ao erro. Em vários casos, a notícia contém uma informação falsa cercada de outras verdadeiras. É principalmente nessas situações que estão escondidos os perigos das <em>fake news, </em>e suas consequências podem ser desastrosas.</p> <h2><strong>Como combater as </strong><em><strong>fake news</strong></em><strong>?</strong></h2> <p>Para as autoridades, identificar e punir os autores de boatos na rede é uma tarefa muito difícil. No caso do Brasil, a legislação que prevê punição para esse tipo de crime não fala sobre internet, cita apenas rádio e televisão.</p> <p>Alguns sites de <em>fake news </em>usam endereços e <em>layouts</em> parecidos com os de grandes portais de notícias, induzindo o internauta a pensar que são páginas de credibilidade. Por isso, todo cuidado é pouco na internet.</p> <p>A maneira mais efetiva de diminuir os impactos das <em>fake news</em> é cada cidadão fazer sua parte, compartilhando apenas aquilo que tem certeza de que é verdade. O ideal é duvidar sempre e procurar informações em outros veículos, especialmente nos conhecidos como grande mídia.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm</p> <p> </p>