E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Exposição 'Ídolos' mostra vivências pré-históricas na Península Ibérica

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, inaugura em abril uma exposição sobre vivências na Pré-História, na Península Ibérica, com peças nunca antes expostas em Portugal, nomeadamente de 16 museus espanhóis e de um colecionador particular.

<p>A exposi&ccedil;&atilde;o &#39;&Iacute;dolos - Olhares Milenares&#39; vai estar patente no MNA at&eacute; 17 de outubro, e re&uacute;ne pe&ccedil;as nacionais provenientes de s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos localizados em 35 concelhos e pertencentes a 11 institui&ccedil;&otilde;es portuguesas.</p> <p>O diretor do MNA, Ant&oacute;nio Carvalho, salientou &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa esta coopera&ccedil;&atilde;o institucional, que afirma o museu como &quot;um espa&ccedil;o de refer&ecirc;ncia da arqueologia portuguesa&quot;.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o &eacute; tamb&eacute;m, sublinhou Ant&oacute;nio Carvalho, &quot;uma reflex&atilde;o sobre os &uacute;ltimos 130 anos de hist&oacute;ria da Arqueologia ib&eacute;rica, neste dom&iacute;nio&quot;, destacando-se os investigadores Jos&eacute; Leite de Vasconcellos (1858-1941), autor de, entre outras obras, &quot;Religi&otilde;es da Lusit&acirc;nia&quot;, tr&ecirc;s volumes publicados entre 1897 e 1913, e o belga Lu&iacute;s Siret (1860-1934), autor de &quot;Les R&eacute;ligions Ne&oacute;lithiques de l&#39;Ib&eacute;rie&quot; (1908).</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o esteve patente em Espanha, no Museu Arqueol&oacute;gico de Alicante, no in&iacute;cio do ano passado, e, at&eacute; ao passado m&ecirc;s de janeiro, no Museu Arqueol&oacute;gico Regional de Madrid, em Alcal&aacute; de Henares, sendo comiss&aacute;rios cient&iacute;ficos da mostra Jorge A. Soler e Primitiva Bueno Ram&iacute;rez.</p> <p>Para o MNA, no Mosteiro dos Jer&oacute;nimos, a exposi&ccedil;&atilde;o foi reprogramada e a montagem da exposi&ccedil;&atilde;o foi repensada, tendo em conta o espa&ccedil;o hist&oacute;rico onde vai estar patente, como disse &agrave; Lusa, o respons&aacute;vel pela museografia, o arquiteto alicantino &Aacute;ngel Rocamora Ruiz.</p> <p>Rocamora Ruiz explicou &agrave; Lusa que procurou um &quot;di&aacute;logo&quot; entre as pe&ccedil;as pr&eacute;-hist&oacute;ricas e a arquitetura dos tetos do antigo mosteiro.</p> <p>Ant&oacute;nio Carvalho, por seu turno, real&ccedil;ou que a ideia &eacute; &quot;apresentar uma exposi&ccedil;&atilde;o muito pedag&oacute;gica&quot;.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o abre com um v&iacute;deo sobre e per&iacute;odo pr&eacute;-hist&oacute;rico (4.&ordm; e 3.&ordm; mil&eacute;nios antes de Cristo), na Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica.</p> <p>Respeitando as regras sanit&aacute;rias, haver&aacute; objetos dispon&iacute;veis para serem manuseados pelos visitantes.</p> <p>A escolha do t&iacute;tulo, &quot;&Iacute;dolos&quot;, remete para as figuras antropom&oacute;rficas, que, no final do s&eacute;culo XIX e na primeira metade do s&eacute;culo XX, foram denominadas como &quot;&iacute;dolos&quot;, interpretados no quadro da cultura judaico-crist&atilde;, explicou Ant&oacute;nio Carvalho.</p> <p>Como se pode ler na exposi&ccedil;&atilde;o, &quot;os &iacute;dolos n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; deuses, s&atilde;o representa&ccedil;&otilde;es do corpo dos pr&oacute;prios, de entes queridos, de antepassados ou de linhagens&quot;.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o apresenta as primeiras representa&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas do rosto e da figura humana em diferentes materiais, designadamente em osso de animais, pedra, cer&acirc;mica, marfim e ouro, apresentando um &quot;conjunto &uacute;nico&quot; de representa&ccedil;&otilde;es esquem&aacute;ticas do homem e da mulher, realizadas na metade meridional da Pen&iacute;nsula Ib&eacute;rica, sendo um testemunho das cren&ccedil;as partilhadas pelas comunidades do final do Neol&iacute;tico e do Calcol&iacute;tico, entre 3.300 e 2.500 antes de Cristo.</p> <p>A mostra divide-se em duas partes, uma em que se evidencia a tipologia das pe&ccedil;as, salientando-se a tecnologia do s&iacute;lex, com a qual se produzia artefactos essenciais para gravar os tra&ccedil;os das figuras desenhadas nos diferentes materiais, nomeadamente de pedra, que exigia um manuseamento seguro.</p> <p>Nesta zona da exposi&ccedil;&atilde;o s&atilde;o ainda referenciadas as diferentes tipologias dos artefactos.</p> <p>Na segunda parte, evidencia-se a vida comunit&aacute;ria e a &quot;forte liga&ccedil;&atilde;o&quot; &agrave; morte.</p> <p>Neste n&uacute;cleo, no pavimento est&aacute; desenhado o &quot;emblem&aacute;tico enterramento&quot; de mulheres encontrado em Montelirio, Valencina de la Concepci&oacute;n, em Castilleja de Guzm&aacute;n, em Sevilha.</p> <p>&quot;Idolos&quot; marcar&aacute; a reabertura do MNA.</p> <p>De acordo com o &quot;plano de desconfinamento&quot; anunciado pelo Governo, a reabertura de museus monumentos, pal&aacute;cios, galerias de arte e similares poder&aacute; efetuar-se a partir de 05 de abril, antes do regresso &agrave; atividade de teatros, salas de espet&aacute;culos e cinemas, a partir de 19 de abril.</p>

Tags:
Partilhar: