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Estudantes da Columbia consideram "ridículas" ameaças de suspensão

Alunos da Universidade de Columbia consideram "ridículas" as ameaças de suspensão feitas pela direção desta prestigiada instituição de ensino norte-americana...

<p>&quot;Acho completamente rid&iacute;culo que a universidade ameace os alunos com suspens&atilde;o se n&atilde;o levantarem o acampamento. Estes estudantes est&atilde;o apenas a exercer o seu direito ao protesto&quot; defendeu, em declara&ccedil;&otilde;es &agrave; Lusa, Michael, um estudante presente no acampamento, numa posi&ccedil;&atilde;o partilhada por outros manifestantes.</p> <p>&quot;Esta sempre foi uma escola em que isso foi feito, foi sempre um exemplo de onde os movimentos estudantis se juntaram para fazer as mudan&ccedil;a acontecer. Estas amea&ccedil;as por parte da presidente v&atilde;o completamente contra aquilo que esta universidade sempre defendeu&quot;, avaliou.</p> <p>A presidente da Columbia, Minouche Shafik, exortou hoje os estudantes a deixarem o acampamento ap&oacute;s o fracasso das negocia&ccedil;&otilde;es iniciadas na semana passada.</p> <p>Num documento distribu&iacute;do aos manifestantes, a universidade exigiu que o local fosse evacuado &agrave;s 14h00 (hora local, 19h00 em Lisboa), sob pena de suspens&atilde;o.</p> <p>Contudo, tr&ecirc;s horas depois da hora limite, a situa&ccedil;&atilde;o permanecia inalterada, com centenas de jovens a marchar de rostos tapados ao redor do acampamento, entoando gritos de protesto em apelo direto &agrave; universidade para que se desassocie de participa&ccedil;&otilde;es em fundos e empresas que os ativistas alegam estarem a lucrar com a invas&atilde;o de Gaza por Israel.</p> <p>O calor at&iacute;pico sentido em Nova Iorque, que chegou aos 29&ordm;C a meio do dia, levou a que os protestos fossem temporariamente interrompidos, sob promessa de serem retomados ao p&ocirc;r do sol.</p> <p>Os protestos na Universidade da Columbia atingiram um novo patamar quando um rabino ligado &agrave; escola da &#39;Ivy League&#39; pediu aos estudantes judeus que ficassem em casa, sob alega&ccedil;&otilde;es de aumento de antissemitismo no campus.</p> <p>Contudo, os estudantes garantem que n&atilde;o h&aacute; lugar para &oacute;dio no acampamento, rejeitando qualquer liga&ccedil;&atilde;o a casos de ataques a alunos judeus.</p> <p>&quot;N&atilde;o h&aacute; antissemitismo neste acampamento. Realmente registaram-se atos antissemitas, mas n&atilde;o est&atilde;o relacionados com este protesto. N&atilde;o &eacute; isso que este acampamento defende. Este n&atilde;o &eacute; um movimento antissemita e nunca foi&quot;, garantiu Michael.</p> <p>O jovem fez ent&atilde;o um paralelo com o movimento &#39;Black Lives Matter&#39;, que ganhou dimens&atilde;o medi&aacute;tica em 2020 na sequ&ecirc;ncia da morte do afro-americano George Floyd &agrave;s m&atilde;os da pol&iacute;cia e que gerou manifesta&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&oacute; nos Estados Unidos, como ao redor do mundo.</p> <p>&quot;Acredito que assim como nos protestos convocados por todo o pa&iacute;s ap&oacute;s a morte de George Floyd se juntaram pessoas - que n&atilde;o estavam associadas com o movimento - apenas com o intuito de criar desacatos, destruir coisas, tamb&eacute;m h&aacute; pessoas que est&atilde;o a aproveitar este protesto pac&iacute;fico para promover a sua pr&oacute;pria agenda&quot;, advogou.</p> <p>&quot;Aqui s&oacute; queremos que as pessoas em Gaza n&atilde;o sejam assassinadas, que a matan&ccedil;a tenha um fim&quot;, frisou.</p> <p>Questionado pela Lusa se teme repres&aacute;lias no futuro pela participa&ccedil;&atilde;o neste pol&eacute;mico protesto, o jovem estudante assumiu n&atilde;o estar &quot;minimamente preocupado&quot; com essa possibilidade, ap&oacute;s v&aacute;rios colegas terem sido suspensos da universidade ou detidos pela Pol&iacute;cia de Nova Iorque.</p> <p>&quot;N&atilde;o estou minimamente preocupado com retalia&ccedil;&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o ao meu futuro. Vejo os meus amigos aqui, vejo os meus irm&atilde;os universit&aacute;rios aqui, e n&atilde;o vejo medo algum em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro&quot;, disse.</p> <p>Apesar de garantir n&atilde;o haver temores, a Lusa constatou que v&aacute;rios alunos recusaram falar com a imprensa no local, alegando &quot;n&atilde;o estarem treinados para falar com jornalistas&quot;.</p> <p>Esta frase foi repetida por pelo menos sete estudantes abordados pela Lusa.</p> <p>Uma aluna admitiu haver instru&ccedil;&otilde;es para que as declara&ccedil;&otilde;es dos manifestantes &agrave; imprensa sejam reduzidas, de forma a que a mensagem do protesto seja uniformizada.</p> <p>Al&eacute;m disso, a maioria dos alunos manteve os rostos cobertos por m&aacute;scaras ou len&ccedil;os, apesar das elevadas temperaturas.</p> <p>Entre as frases entoadas pelos estudantes estavam &quot;A Palestina ser&aacute; livre&quot; e &quot;Acabem com o genoc&iacute;dio&quot;.</p> <p>Ao mesmo tempo, um aluno erguia uma bandeira de Israel e outra estudante segurava um cartaz com a frase &quot;Condenem o Hamas&quot;.</p> <p>J&aacute; no exterior da Universidade, dezenas de pessoas juntavam-se pelo fim dos ataques israelitas a Gaza, levando a que um forte dispositivo policial fosse montado nos port&otilde;es da Columbia, com pelo menos um ativista a ser detido, conforme testemunhado pela Lusa.</p> <p>&quot;Pessoas por todo o pa&iacute;s est&atilde;o a ser detidas por estarem a fazer a coisa certa, por se oporem a este genoc&iacute;dio&quot;, gritou o homem, enquanto era algemado por agentes da Pol&iacute;cia de Nova Iorque.</p> <p>Esta nova onda de protestos nas universidades norte-americanas contra a guerra travada na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas acontece a seis meses das elei&ccedil;&otilde;es presidenciais nos Estados Unidos, entre alega&ccedil;&otilde;es de antissemitismo e antissionismo e o direito constitucional &agrave; liberdade de express&atilde;o.</p> <p>Depois de mais de uma semana de manifesta&ccedil;&otilde;es nos Estados Unidos, a Casa Branca tamb&eacute;m j&aacute; tinha apelado no domingo ao movimento de estudantes para que realizassem os protestos de forma pac&iacute;fica, ap&oacute;s centenas de pessoas, entre alunos e ativistas, terem sido levados para interrogat&oacute;rio policial e em alguns casos ficado detidos.</p> <p>Os Estados Unidos, e acima de tudo a metr&oacute;pole de Nova Iorque, t&ecirc;m o maior n&uacute;mero de judeus americanos no mundo depois de Israel, e milh&otilde;es de &aacute;rabes-mu&ccedil;ulmanos americanos.</p> <p>As manifesta&ccedil;&otilde;es est&atilde;o tamb&eacute;m a acontecer em Fran&ccedil;a, onde hoje a pol&iacute;cia interveio na Universidade Sorbonne, em Paris, para expulsar ativistas mobilizados pela causa palestiniana que montaram tendas dentro do recinto universit&aacute;rio.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2550694/columbia-manifestantes-pro-palestina-desafiam-europeus-olhem-para-nos" target="_blank">Columbia. Manifestantes pr&oacute;-Palestina desafiam europeus: &quot;olhem para n&oacute;s&quot;</a></p>

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