
A biblioteca MVD, desde a sua criação há oito anos, tem ajudado a promover hábitos de leitura e o gosto pelos livros entre os estudantes do Zango 2, localizado no município de Viana, em Luanda.
<p>Devido à pandemia da Covid-19, registou uma paralisação, tendo retomado as actividades há três anos. O projecto está localizado no complexo escolar Bruna Rafaela. Numa primeira fase, está somente a receber estudantes da própria instituição, da iniciação à sexta classe, e por solicitações no âmbito da parceria existente com instituições homólogas.</p> <p>António Renato, mentor do projecto literário, explicou, ontem, ao Jornal de Angola, que a biblioteca foi erguida com o objectivo de colmatar o vazio que existe, fundamentalmente, no sector privado da educação. "Queremos criar factos culturais e literários que fomentem o debate entre os estudantes, não apenas na nossa instituição, mas, fundamentalmente, na comunidade”. O acervo bibliotecário tem mais de mil livros de diversos autores,nacionais e estrangeiros. Acompanhados pelos professores, os alunos visitam regularmente a biblioteca de segunda a sexta-feira. Durante as aulas, os estudantes têm contacto com jornais, revistas, mapas geográficos e jogos didáticos de que a biblioteca dispõe.</p> <p>De acordo com o mentor do projecto, num período de um mês, os responsáveis da biblioteca permitem que os alunos levem os livros para casa, mas com uma ficha de controlo e consentimento dos encarregados de educação. Durante os dias de funcionamento, explicou, os encarregados de educação aproveitam ler enquanto esperam pelos seus educandos.</p> <p> A biblioteca, disse, tem recebido vários livros de pessoas singulares, que enviam a partir de Portugal, e de algumas instituições como a Administração Municipal de Viana, que oferece livros didácticosno início de cada ano lectivo.</p> <p>António Renato referiu que,recentemente, a biblioteca recebeu doações da empresa MDV, nome que foi atribuído à biblioteca. No momento da reportagem, o Jornal de Angola constatou que algumas prateleiras estavam vazias, por este motivo, como investidor na área da educação, António Renato já começou a apetrechar a biblioteca com mais de duzentos livros de Histórias Africanas. </p> <p><strong>Biblioteca proporciona conforto aos estudantes</strong></p> <p>A sub-directora pedagógica da escola, Paula Vieira, fez uma avaliação positiva do funcionamento e da adesão dos alunos à biblioteca e garantiu que as crianças gostam muito de estar no espaço, por proporcionar algum conforto, principalmente as que frequentam o ATL.</p> <p>Também na biblioteca, disse, os alunos aprendem a usar o dicionário e a gramática nas aulas de inglês e português, enquanto o jogo de xadrez tem a função de ajudar a melhorar os níveis de concentração dos estudantes.</p> <p>Paula Vieira frisou que a biblioteca tem enfrentado muitas dificuldades, por isso há limitações no atendimento das crianças externas que querem frequentar o local. Paula Vieira reconheceu as dificuldades que muitas famílias têm para comprar livros, mas garante que vão continuar a trabalhar com a comunidade para expandir e apetrechar mais a biblioteca para garantir melhor qualidade no ensino e aprendizagem das crianças.</p> <p>Fruto do que tem sido o desempenho dos funcionários da biblioteca, Paula Vieira informou que alguns alunos começam a ter contacto com os livros a partir da primeira classe. "Apelo aos pais a fazerem um melhor acompanhamento durante as leituras das crianças e evitarem a exposição com frequência dos alunos aos telemóveis, tabletes, televisores e computadores.”</p> <p>O menino Sansão Choya, de 6 anos de idade, aluno da primeira classe, frequenta a biblioteca desde a inauguração, quando tinha apenas 4 anos de idade, na época, mesmo sem saber ler e escrever. Sansão gostava muito de ficar na biblioteca a folhear as páginas dos livros e ver as legendas e ilustrações.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/estudantes-aprofundam-conhecimentos-com-os-livros/</p>