E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Escola com casas de banho sem género diz que mudança foi pacífica

No norte há uma escola com balneários e casas de banho sem identificação de género, a pensar nos alunos transgénero

<h2>&nbsp;</h2> <p>No norte h&aacute; uma escola com balne&aacute;rios e casas de banho sem identifica&ccedil;&atilde;o de g&eacute;nero, a pensar nos alunos transg&eacute;nero. Tamb&eacute;m s&atilde;o utilizados por estudantes com vergonha de usar espa&ccedil;os comuns, com problemas de sa&uacute;de ou sem condi&ccedil;&otilde;es em casa para fazer a sua higiene.</p> <p>No Agrupamento de Escolas Frei Jo&atilde;o de Vila do Conde h&aacute; muito que est&atilde;o a ser aplicadas as medidas de autodetermina&ccedil;&atilde;o de g&eacute;nero, aprovadas no parlamento no m&ecirc;s passado, e &quot;nunca houve problema absolutamente nenhum&quot;, assegurou &agrave; Lusa Paula Lobo, a professora que est&aacute; por detr&aacute;s desta mudan&ccedil;a.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O projeto &quot;Escola &agrave;s Cores&quot; foi implementado no ano passado na Escola B&aacute;sica Frei Jo&atilde;o, onde estudam 1.040 alunos do 5.&ordm; ao 9.&ordm; ano. Desde ent&atilde;o, passaram a existir duas casas de banho e dois balne&aacute;rios individuais sem identifica&ccedil;&atilde;o de g&eacute;nero.</p> <p>A ideia surgiu quando vivenciou os problemas de um aluno transg&eacute;nero que &quot;n&atilde;o se sentia bem na casa de banho dos rapazes e, quando tentava entrar no das meninas, a funcion&aacute;ria n&atilde;o deixava&quot;, contou a professora de Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica.</p> <p>Paula Lobo sentiu que eram precisas novas regras que fizessem da escola um espa&ccedil;o seguro e acolhedor e a solu&ccedil;&atilde;o veio a revelar-se bastante simples: As placas das casas de banho destinadas a pessoas com defici&ecirc;ncia foram retiradas e substitu&iacute;das por outras - Wc Comum.</p> <p>&quot;Agora &eacute; para todos, independentemente do g&eacute;nero, se &eacute; aluno, professor, n&atilde;o docente ou at&eacute; se vem de fora. S&atilde;o casas de banho individuais que s&oacute; podem ser utilizadas por uma pessoa de cada vez. Foi f&aacute;cil, n&atilde;o levantou quaisquer problemas e, tamb&eacute;m por isso, n&atilde;o percebo os discursos de &oacute;dio e de medo quanto &agrave;s mudan&ccedil;as aprovadas no parlamento&quot;, sustentou.</p> <p>Os deputados aprovaram, em dezembro, um conjunto de medidas que as escolas devem adotar, tais como assegurar &quot;o bem-estar de todos&quot; no acesso &agrave;s casas de banho e balne&aacute;rios, &quot;procedendo-se &agrave;s adapta&ccedil;&otilde;es que se considerem necess&aacute;rias&quot;.</p> <p>O diploma, que est&aacute; agora nas m&atilde;os do Presidente da Rep&uacute;blica, n&atilde;o obriga &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de espa&ccedil;os mistos, mas exige que todos tenham acesso.</p> <p>&quot;H&aacute; v&aacute;rios casos de crian&ccedil;as e jovens que acabam por passar o dia sem ir &agrave; casa de banho&quot;, contou, por seu lado, a psic&oacute;loga Ana Silva, da Associa&ccedil;&atilde;o de M&atilde;es e Pais pela Liberdade de Orienta&ccedil;&atilde;o Sexual e Identidade de G&eacute;nero (AMPLOS), sublinhando que muitos &quot;sabem que correm o risco de serem insultados ou mesmo agredidos&quot;.</p> <p>Al&eacute;m das casas de banho, o projeto &quot;Escola &agrave;s&nbsp;Cores&quot; deu origem a dois balne&aacute;rios individuais e &quot;as raz&otilde;es para os usar podem ser por quest&otilde;es de identidade de g&eacute;nero ou n&atilde;o&quot;, explicou Paula Lobo.</p> <p>Dos oito utilizadores, apenas cinco&nbsp;alunos usam estes balne&aacute;rios por quest&otilde;es de identidade de g&eacute;nero. Depois, h&aacute; hist&oacute;rias de quem tem vergonha de se despir em frente aos colegas,&nbsp;de quem n&atilde;o tem as melhores condi&ccedil;&otilde;es em casa para tomar banho ou mesmo de sa&uacute;de.&nbsp;</p> <p>Tamb&eacute;m aqui, s&oacute; entra um aluno de cada vez, ficando garantida a privacidade e seguran&ccedil;a e, at&eacute; hoje, &quot;nunca houve nenhum problema&quot;, garantiu a professora que trabalha no agrupamento h&aacute; 26 anos.</p> <p>Existem outras escolas onde as mudan&ccedil;as tamb&eacute;m est&atilde;o a ser pac&iacute;ficas, referiu a psic&oacute;loga Ana Silva: &quot;H&aacute; um col&eacute;gio particular em Lisboa, que teve forma&ccedil;&atilde;o sobre o assunto, e nunca houve qualquer problema. T&ecirc;m este ano um aluno trans e correu tudo bem com das casas de banho ou do nome social&quot;.</p> <p>Tamb&eacute;m a Escola Ant&oacute;nio Arroio, em Lisboa, &eacute; apontada como um bom exemplo pelo presidente da Amplos. O filho de Ant&oacute;nio Vale &eacute; transg&eacute;nero, frequentou a escola art&iacute;stica e &quot;nunca teve problemas&quot;. Mas nem todas as hist&oacute;rias correm bem, alertou Ant&oacute;nio Vale.</p> <p>Ana Sousa &eacute; m&atilde;e de dois adolescentes e a sua experi&ecirc;ncia corrobora esta ideia. Enquanto os filhos frequentaram a Frei Jo&atilde;o de Vila do Conde &quot;correu tudo bem&quot;, mas a mudan&ccedil;a para outra escola, no 10.&ordm; ano, trouxe problemas ao filho mais novo que &eacute; trans.</p> <p>No in&iacute;cio do ano letivo, Ana falou com o diretor de turma, que &quot;foi am&aacute;vel e recetivo, mas colocou entraves a mudar de nome&quot;.&nbsp;</p> <p>J&aacute; com o segundo per&iacute;odo de aulas a decorrer, ainda h&aacute; professores a trat&aacute;-lo pelo nome de nascimento. Segundo Ana Cristina, h&aacute; inclusive um professor de Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica que chegou a tratar um outro rapaz transg&eacute;nero por &quot;princesa&quot;.</p> <p>Hist&oacute;rias como esta tamb&eacute;m chegam ao gabinete de Pedro Teixeira. O psiquiatra acompanha cerca de 50 jovens trans.</p> <p>&quot;As escolas s&atilde;o muito heterog&eacute;neas&quot;, disse, lamentando que &quot;existam professores provocadores&quot;.</p> <p>Para Pedro Teixeira, diretor de servi&ccedil;o de psiquiatria do M&eacute;dio Ave e coordenador da consulta de sexologia, o diploma aprovado em dezembro pretende apenas assegurar direitos humanos e a sa&uacute;de mental destes jovens que vivem em sofrimento psicol&oacute;gico desde muito cedo: &quot;Imagine-se a viver num corpo errado e quando chega &agrave; escola n&atilde;o pode assumir a sua identidade&quot;.</p> <p>O tamb&eacute;m vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Cl&iacute;nica reconheceu que existe &quot;um preconceito cultural, fruto de um pa&iacute;s conservador&quot;, que leva as pessoas a &quot;falar sem conhecimento de causa&quot;.</p> <p>Para m&atilde;es como Ana Sousa era importante a promulga&ccedil;&atilde;o do diploma, para que as fam&iacute;lias deixassem de estar &agrave; merc&ecirc; &quot;de quem encontram pela frente&quot;: &quot;&Eacute; &oacute;bvio que um diploma n&atilde;o vai mudar mentalidades, mas pode ajudar a garantir os direitos das crian&ccedil;as e dos jovens, que j&aacute; vivem numa angustia&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte:&nbsp;https://www.noticiasaominuto.com/pais/2480166/escola-com-casas-de-banho-sem-genero-diz-que-mudanca-foi-pacifica</p>

Tags:
Partilhar: