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Escola chinesa pede que alunas “não se comportem de maneira sedutora” para evitar assédio

Governo da China repreendeu atitude da escola e diz ter cobrado um treinamento melhor sobre o assunto nas escolas

<p>Uma aula sobre ass&eacute;dio sexual em uma escola de ensino m&eacute;dio no sul da China provocou um debate online sobre a culpabiliza&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas, com muitos criticando a escola e o que dizem ser uma resposta inadequada das autoridades.</p> <p>A escola, localizada na cidade de Zhaoqing, na prov&iacute;ncia de Guangdong, promoveu uma aula de &ldquo;educa&ccedil;&atilde;o em sa&uacute;de mental&rdquo; &mdash; que equivale a uma aula de educa&ccedil;&atilde;o sexual na China &mdash; no ano passado, segundo o jornal estatal chin&ecirc;s Di&aacute;rio do Povo.</p> <p>No entanto, as fotos do material did&aacute;tico s&oacute; come&ccedil;aram a circular este m&ecirc;s, mostrando documentos que diziam que as v&iacute;timas de ass&eacute;dio sexual &ldquo;sofrem porque se vestem de maneira extravagante e se comportam de maneira sedutora&rdquo;.</p> <p>&ldquo;As meninas n&atilde;o devem usar roupas transparentes ou cavadas e devem evitar comportamentos fr&iacute;volos&rdquo;, diz o material.</p> <p>As fotos provocaram raiva e descren&ccedil;a nas redes sociais, com muitos culpando atitudes conservadoras que, segundo eles, refletiam uma desigualdade de g&ecirc;nero profundamente enraizada em uma sociedade patriarcal.</p> <p>&ldquo;O professor dessa classe &eacute; problem&aacute;tico&rdquo;, dizia um dos principais coment&aacute;rios da plataforma social chinesa Weibo, com 19.000 curtidas. Outros apontaram os perigos de culpar as v&iacute;timas e as maneiras pelas quais as mulheres costumam ser visadas, independentemente do que vestem.</p> <p>A indigna&ccedil;&atilde;o levou as autoridades educacionais locais a divulgar um comunicado na semana passada, confirmando que as fotos online mostravam uma palestra realizada na escola em abril passado.</p> <p>&ldquo;A palestra continha algumas express&otilde;es inapropriadas, que causaram mal-entendidos&rdquo;, diz o comunicado.</p> <p>O texto disse ainda que o departamento de educa&ccedil;&atilde;o do condado &ldquo;criticou e educou os funcion&aacute;rios&rdquo; e ordenou que a escola revisasse suas palestras e melhorasse o treinamento dos professores.</p> <p>Mas a declara&ccedil;&atilde;o oficial tamb&eacute;m gerou rea&ccedil;&atilde;o. Muitos questionaram o fato de a declara&ccedil;&atilde;o ter chamado o incidente de &ldquo;mal-entendido&rdquo;, argumentando que os materiais de ensino n&atilde;o foram um erro inocente, mas um reflexo de cren&ccedil;as reais e difundidas em todo o pa&iacute;s.</p> <p>&ldquo;As pessoas n&atilde;o &lsquo;entenderam mal&rsquo;&rdquo;, dizia um coment&aacute;rio. &ldquo;A puni&ccedil;&atilde;o &eacute; muito branda.&rdquo;</p> <p>A escola ainda n&atilde;o publicou nenhuma declara&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica em seu site ou m&iacute;dia social. A&nbsp;<strong>CNN</strong>&nbsp;entrou em contato com a escola para comentar.</p> <p>V&aacute;rios incidentes ao longo dos anos provocaram controv&eacute;rsias semelhantes, especialmente em decorr&ecirc;ncia do movimento #MeToo da China, que se manteve resistente apesar dos frequentes contratempos causados pela censura e repress&atilde;o cont&iacute;nua ao ativismo feminista.</p> <p>Em novembro do ano passado, uma jovem foi atacada por um homem em um banheiro p&uacute;blico em Zhejiang, segundo a m&iacute;dia estatal The Paper.&nbsp;Depois que os cr&iacute;ticos acusaram a mulher de estar &ldquo;vestida com pouca roupa&rdquo;, sua m&atilde;e disse ao The Paper: &ldquo;O que a roupa tem a ver com apanhar? Isso &eacute; motivo para um crime?&rdquo;</p> <p>Em 2021, um an&uacute;ncio pol&ecirc;mico de len&ccedil;os umedecidos para remo&ccedil;&atilde;o de maquiagem, que mostrava uma mulher sendo seguida na rua &agrave; noite por um suposto agressor, que foge horrorizado depois de remover a maquiagem, foi retirado da internet ap&oacute;s forte rea&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&nbsp;</p>

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