
A UNRWA acredita que "quanto mais tempo ficarem fora da escola, mais difícil será recuperar o atraso", o que terá "consequências duradouras".
<p>Numa altura em que a Palestina enfrenta níveis sem precedentes de conflitos violentos e deslocações em massa, a celebração do Dia Internacional da Educação esta quarta-feira - sob o tema 'aprender para uma paz duradoura' - ressoa mais profundamente do que nunca, destaca a agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA).</p> <p>"Embora a educação seja um pré-requisito para a paz, as hostilidades que grassam na Palestina têm impedido o acesso à educação dos alunos, bem como dos seus professores", destaca a entidade num <a href="https://www.unrwa.org/newsroom/official-statements/education-day-2024-end-conflict-imperative-return-learning-palestine" target="_blank">comunicado</a> publicado no seu site oficial.</p> <p>A UNRWA considera que é urgente passar esta mensagem, uma vez que, desde o início das hostilidades no dia 7 de outubro, "mais de 625 mil alunos e 22.564 professores foram privados de educação e de um local seguro durante mais de três meses".</p> <p>Além disso, mais de 25 mil pessoas, entre alunos e funcionários de estabelecimentos escolares, poderão ter sido mortas na sequência dos ataques diários em Gaza. </p> <p>"As crianças e os jovens, bem como os educadores, perderam a âncora que é a educação", salientou a nota.</p> <p>"Quanto mais tempo ficarem fora da escola, mais difícil será recuperar o atraso, com consequências duradouras", lamenta a UNRWA, acrescentando que "todas as escolas da UNRWA estão encerradas na Faixa de Gaza", tendo sido "transformadas em abrigos" que acolhem "mais de 1,2 milhões de pessoas deslocadas".</p> <p>Há ainda o caso de várias instituições terem ficado "danificadas ou destruídas" na sequência dos bombardeamentos, entre as quais instituições de ensino superior, perfazendo um total de 75% de todos os edifícios escolares da Faixa de Gaza.</p> <p>"Os ataques contra estabelecimentos de ensino e instalações da ONU violam o direito humanitário internacional", adianta a agência da ONU, que salienta que "a educação é um direito humano fundamental e uma tábua de salvação para os milhões de crianças e jovens afetados pela guerra" e, por isso, deverá ser "mantida mesmo durante esta crise".</p> <p>De recordar que a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza eclodiu em 7 de outubro, após um ataque do grupo islâmico que deixou 1.200 mortos em território israelita.</p> <p>Desde então, a ofensiva israelita no enclave costeiro deixou quase 25.500 mortos, e acredita-se que outras 8.000 pessoas tenham morrido sob os escombros de edifícios destruídos, no meio de uma devastação generalizada e de uma crise humanitária.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2487142/e-um-direito-mais-de-625-mil-estudantes-privados-de-educacao-em-gaza</p>