
Professores acusam governantes de serem "uma vergonha". Arranque do ano letivo marcado pela contestação dos profissionais que deixam a garantia: "As escolas vão continuar em luta e não vão desistir".
<p>Dezenas de professores da região Norte concentraram-se esta quarta-feira nas imediações da Escola Alexandre Herculano, no Porto, para mostrar ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro da Educação, João Costa, que vão continuar a lutar pela valorização da profissão.</p> <p>“Queremos passar uma simples mensagem ao senhor primeiro-ministro e ao senhor ministro da Educação: <strong>que as escolas vão continuar em luta e não vão desistir”</strong>, afirmou Joaquim Sampaio, professor na Escola D. Sancho I, em Famalicão (Braga), que encabeçou o protesto. Aos jornalistas, Joaquim Sampaio afirmou que <strong>“a Educação, nos últimos anos, tem sido maltratada”.</strong></p> <blockquote> <p>Os professores estão cansados da pressão que se vive nas escolas, do trabalho que temos, da burocracia que temos, que não nos deixa fazer aquilo de que gostamos, que é estar com os nossos alunos”, acrescentou.</p> </blockquote> <p>Os professores foram afastados da entrada principal do antigo liceu, tendo sido criado um perímetro de segurança pela Polícia de Segurança Pública (PSP).</p> <p>O protesto, que foi organizado por um movimento de professores da região Norte, contou com a presença do líder do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (<strong>Stop</strong>), André Pestana, e do secretário-geral adjunto da Federação Nacional de Professores (<strong>Fenprof</strong>), Francisco Gonçalves.</p> <p>À chegada ao estabelecimento de ensino, <strong>os dois governantes evitaram os professores, entrando diretamente na escola</strong>, que reabre portas na sexta-feira depois de obras de requalificação que duraram mais de três anos e custaram mais de 14 milhões de euros. <strong>“Uma vergonha, vocês são uma vergonha”, gritavam os docentes.</strong></p> <p>As escolas têm até sexta-feira para dar oficialmente início ao ano letivo, mas a <a href="https://observador.pt/2023/09/12/ano-letivo-comeca-a-partir-desta-terca-feira-mas-continuam-a-faltar-professores/">escassez de professores</a> volta a ensombrar o regresso às aulas, ao deixar milhares de alunos sem docente a pelo menos uma disciplina.</p> <p> </p> <p>A escassez de professores poderá não ser, no entanto, o único fator a deixar os alunos sem aulas, prevendo-se que o ano letivo arranque da mesma forma que terminou o anterior, com a forte contestação dos profissionais das escolas.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://observador.pt/2023/09/13/dezenas-de-professores-recebem-antonio-costa-e-ministro-em-protesto-no-porto/</p>