
O director-geral do Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor) afirmou, quarta-feira, na cidade do Huambo, que a instituição começa a ministrar os cursos a partir do próximo mês de Fevereiro.
<p>Ikuma Bamba garantiu que não vão esperar pelo concurso público dos docentes, para arrancar com as formações. "A ideia é tornar funcional o Cefojor no próximo mês de Fevereiro, um acto que vai ser feito de forma gradual, com alguns cursos”.</p> <p>Em relação ao número de inscrições, informou que tudo depende da procura registada após o lançamento dos cursos. "Espera que hajam muitas solicitações, pois o centro dispõe de 16 salas de aula, com capacidade para acolher 30 formandos”, disse.</p> <p>O enquadramento do pessoal, explicou, vai ser feito, por concurso público, sob responsabilidade dos Ministérios das Finanças, Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS) e das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.</p> <p>As vagas, referiu, vão ser preenchidas por quadros provenientes de Luanda e outros do Huambo. O objectivo, continuou, é manter o funcionamento do centro, enquanto se espera pelo concurso público.</p> <p>Os preços de cada curso, esclareceu, variam consoante a especialidade e a duração. "Uma formação completa de Jornalismo Profissional, de 10 meses, custa aos formandos 45 mil kwanzas mês, em Luanda”, informou, acrescentando que existem outros cursos de manutenção ou de superação, nos vários domínios de especialidade, com a duração de 15 a 20 dias, cujos preços rondam os 45 e 60 mil kwanzas.</p> <p>No Huambo, salientou, o preço dos cursos vai ser diferente, pois existe uma estratégia adoptada, para a redução destes, na ordem dos 10 por cento, em relação aos cobrados em Luanda. "É uma forma de promover numa primeira fase e durante seis meses o centro”.</p> <p>Numa primeira fase, aclarou, um curso técnico, que em Luanda custa 45 mil kwanzas, vai ter uma redução de 10 por cento no Huambo, de forma a dar a possibilidade ao formando de pagar 40.500 kwanzas.</p> <p><strong>Potencialidades</strong></p> <p>O director do Cefojor reconheceu as potencialidades do espaço em formar quadros da media, para as áreas de Rádio, Televisão, Imprensa, Comunicação Multimédia, Cinematografia, Publicidade e Marketing. "É um grande investimento social que vai permitir melhorar a qualidade do jornalismo angolano nos vários domínios”.</p> <p>O Cefojor, realçou, dispõe ainda de regime de internamento. "Os interessados vão pagar um valor, a ser definido em breve, que vai ajudar na manutenção dos equipamentos”, disse, além de avisar que a selecção dos docentes vai ser feita de acordo com a formação específica.</p> <p>A instituição, destacou, vai trabalhar com um número de quadros não inferior a 80, nem superior a 100, desde formadores até ao pessoal de base para apoio. "O centro de Luanda existe há mais de 20 anos e tem o financiamento do Estado para pagar o salário dos funcionários, sem pôr de parte os apoios para os serviços essenciais, para a infra-estrutura se manter funcional e sustentável”. </p> <p>Numa primeira fase, disse, o Cefojor do Huambo vai ser dirigido por um chefe de Departamento, que estará a representar a direcção-geral.</p> <p><strong>Abrangência</strong></p> <p>O Cefojor do Huambo foi concebido para garantir, sobretudo, a formação de quadros da media da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).</p> <p>Construído numa área de 70 mil metros quadrados, a infra-estrutura alberga, entre várias áreas, laboratórios, estúdios de rádio e televisão, fotografia e imprensa, bem como dormitórios, um auditório para 300 pessoas, anfiteatro, biblioteca, casas de passagem, quadra desportiva e um edifício técnico. </p> <p>O centro tem, também, salas de gravação, informática, redacção e uma área técnica de montagem simples, que vai permitir, os formadores e formandos, harmonizar a teoria à prática. Actualmente, disse Ikuma Bamba, o centro já está a emitir programas de entretenimento e serviços noticiosos, em regime experimental.</p> <p><strong>Reforço da formação jornalística</strong></p> <p>O jornalista da Rádio Nacional de Angola no Huambo, Isaac Bonga, considerou fundamental o reforço da formação da classe jornalística a nível nacional, regional e internacional. "Muitos jornalistas que trabalham actualmente no ramo não possuem uma formação técnico-profissional na área. O centro representa uma oportunidade de aumentarem os conhecimentos”.</p> <p>Isaac Bonga afirmou que teve oportunidade de constatar que o centro está apetrechado com meios modernos, para garantir uma formação prática e de qualidade nas especialidades de rádio, televisão, imprensa, fotografia e técnicas de redacção jornalística.</p> <p>"Com o centro, os jornalistas vão poder melhorar cada vez mais a actuação no mercado de trabalho. Os jovens que queiram ser jornalistas têm, assim, a oportunidade de realizarem o sonho” , ressaltou.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/cursos-tecnico-profissionais-ministrados-no-proximo-mes/</p>