A criminalidade informática no ciberespaço em Portugal aumentou em 2023, com destaque para o 'ransomware', embora tenha estabilizado o número de incidentes, segundo o relatório anual do Observatório de Cibersegurança hoje divulgado.
<p> <audio class="audio-for-speech" src=""> </audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls"> <p>As ciberameaças mais relevantes foram o 'ransomware' (pedidos de resgate por dados informáticos), 'phishing' (tentativa de obter dados pessoais sensíveis através de email) ou 'smishing' ('phishing' através de mensagens de texto), burlas on-line e comprometimento de contas, de acordo com a 5.ª edição do relatório Cibersegurança em Portugal -- riscos e conflitos, do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).</p> <p> </p> <p>O relatório revela que as autoridades policiais registaram, em 2023, 2.512 crimes informáticos, enquadrados pela Lei do Cibercrime, mais 13% do que em 2022, merecendo destaque o "acesso/interceção ilegítimos e a falsidade informática", fenómeno que cresceu 33%.</p> <p>Apesar de se terem registado "menos incidentes com elevada visibilidade social no ciberespaço de interesse nacional" do que em 2022, a "atividade maliciosa" em 2023 foi "intensa e com efeitos negativos" e o número de crimes informáticos "continuou a aumentar, ainda que menos do que no ano anterior", lê-se no relatório.</p> <p>Os ataques com mais impacto foram de 'ransomware' e afetaram a administração pública local, embora não sejam identificados quais as autarquias oui entidades afetadas.</p> <p>No relatório é apresentado uma cronologia com os ciberataques com "impacto elevado", mês a mês: um 'ransomware' a uma entidade da saúde, em janeiro, um DDoS (ataque de negação de serviço que sobrecarrega servidores e bloqueia 'sites') a uma entidade da administração pública em setembro, por exemplo.</p> <p>Mais uma vez sem pormenores, é referido que se verificaram "alguns casos de indisponibilidade de serviços com alcance nacional".</p> <p>A administração pública local sofreu ataques com "mais impacto", mas as vítimas mais frequentes foram indivíduos e pequenas e médias empresas (PME), alvo de 'phishing', 'smishing' e outras burlas.</p> <p>Em números, a equipa de resposta a incidentes de segurança informática nacional (CERT.PT) registou 2.025 incidentes de cibersegurança (mais dois do que em 2022), havendo um aumento em entidades privadas.</p> <p>Os tipos de incidentes mais registados em 2023 foram o 'phishing' e 'smishing' (35% do total), a tentativa de 'login' (19%) e engenharia social (10%).</p> <p>Já as marcas mais simuladas nos ataques de 'phishing' e 'smishing' foram a banca (37%), serviços de email e outros (31%) e transportes e logística (20%).</p> <p>Entre os crimes informáticos, mas não incluídos na Lei do Cibercrime, "continua a destacar-se a burla informática/comunicações, com 20.159 registos pelas autoridades policiais em 2023, embora menos 4% do que no ano anterior".</p> <p>Este é o crime relacionado com a informática com mais registos ao longo dos anos, segundo o relatório, com base em dados da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça.</p> <p>O CNCS fez um inquérito e concluiu que 81% dos profissionais de cibersegurança consideram que aumentou em 2023 o risco de incidente de cibersegurança no ciberespaço de interesse nacional e 87% explicam que essa "perceção foi influenciada pela guerra na Ucrânia.</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2586996/tem-o-bluetooth-sempre-ligado-atencao-saiba-o-que-e-o-bluesnarfing" target="_blank">Tem o Bluetooth sempre ligado? Atenção ao 'bluesnarfing'</a></p> </div> </div> </div> <p> </p>