Um total de 1.343.246 crianças, dos cinco aos 15 anos, matriculadas em diversas escolas da província de Luanda, começaram, segunda-feira, a ser desparasitadas
<p>Um total de 1.343.246 crianças, dos cinco aos 15 anos, matriculadas em diversas escolas da província de Luanda, começaram, segunda-feira, a ser desparasitadas, com Albendazol, numa campanha promovida pelo Programa Provincial das Doenças Tropicais Negligenciadas e o Programa Provincial da Saúde Escolar.</p> <p>A informação foi prestada segunda-feira, em Luanda, pelo coordenador Provincial do Programa das doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), Artur Luciano, que garantiu a disponibilidade de 1.343.246 doses de comprimidos, a serem distribuídas de forma gratuita em todas às instituições do ensino primário e do I Ciclo da província de Luanda.</p> <p>"O albendazol tem como benefício eliminar os parasitas intestinais, evitando assim problemas como os oxiúros, ascaris lumbricoides, a celostomia, tricocéfalo, ou teníase. O medicamento é o ideal para eliminar alguns parasitas”, explicou.</p> <p>A campanha, ressaltou, foi feita para ajudar na melhoria do resultado educacional e redução de faltas na escola, além de evitar complicações irreversíveis na vida adulta. "Muitas doenças tropicais negligenciadas são parte de um grupo de enfermidades infecciosas debilitantes, que contribuem para a pobreza extrema”, informou.</p> <p>As más condições de higiene e de saneamento, a falta de acesso à água potável e a exposição a vectores como mosquitos e moscas, indicou, são as principais causas das doenças. A acção de desparasitar, afirmou, não consiste apenas na eliminação de parasitas, mas na prevenção de novas parasitoses. "A ideia é melhorar o estado de saúde nutricional e o crescimento físico das crianças e jovens”.</p> <p>O coordenador pediu aos pais e encarregados de educação para seguirem as instruções passadas pelos responsáveis da instituição, de modo a evitar os futuros efeitos colaterais da vacina nas crianças e adolescentes.</p> <p>A campanha de desparasitação, realçou, enquadra-se no programa do Gabinete Provincial da Saúde de combate contra as doenças tropicais negligenciadas. "Para esta investida contamos com o apoio das escolas e dos encarregados de educação”, disse.</p> <p><br /> <br /> <strong>Atrasos em algumas instituições provocam prorrogação</strong></p> <p>Artur Luciano lamentou o facto de em algumas escolas da capital do país, por razões técnicas, a campanha de desparasitação não ter começado ontem. "Tivemos um atraso, por algumas razões logísticas que afectaram determinadas instituições escolares, em particular as do município de Luanda”, informou, além de acrescentar que as escolas em causa vão poder começar com o processo de desparasitação dos menores a partir de hoje.</p> <p>Devido ao atraso, continuou, as escolas que tiveram um atraso no processo, hoje, vão dar continuidade a campanha e a estender para além do dia 10, data limite para o projecto. "É uma forma de permitir imunizar o maior número possível de crianças”.</p> <p> <br /> <strong>Os primeiros</strong></p> <p>Hoje, as crianças que estudam na escola Apocalipse IEIA, ex-1016, situada no Morro Bento, município de Belas, já começaram a beneficiar da campanha de desparasitação. Algumas delas, apesar de surpreendidas, aceitaram tomar o albendazol e incentivaram todos a aderir à iniciativa.</p> <p>Em algumas escolas, como a do Ensino Primário n.º 3025, sita no Tala Hady, município do Cazenga, as crianças beneficiadas pediram a realização regular de campanhas de desparasitação, de forma a incluir o maior número possível de menores.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/criancas-de-escolas-de-luanda-estao-a-ser-desparasitadas/</p>