E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Coimbra estuda círculos de pedras na Antártida em formação há 10 mil anos

O investigador Pedro Pina da Universidade de Coimbra (UC) está a estudar e a monitorizar a evolução de círculos de pedras naturais na Antártida em formação há 10 mil anos, quando os glaciares começaram a recuar.

<p>&quot;Nas zonas polares e de alta montanha &eacute; comum existirem padr&otilde;es naturais de fragmentos rochosos que se formam, sobretudo, em regi&otilde;es livres de gelo como &#39;permafrost&#39;, em que o solo, por varia&ccedil;&atilde;o sazonal de temperatura, cria &agrave; superf&iacute;cie c&iacute;rculos de pedras, que podem ter entre 01 a 04 metros de di&acirc;metro&quot;, sustentou o cientista.</p> <p>Segundo Pedro Pina, professor e investigador do Departamento de Ci&ecirc;ncias da Terra da Faculdade de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia, o estudo e monitoriza&ccedil;&atilde;o da evolu&ccedil;&atilde;o daqueles c&iacute;rculos de pedras est&aacute; a ser efetuado atrav&eacute;s de imagens de sat&eacute;lite e, mais recentemente, de drones.</p> <p>O investigador explicou que o &#39;permafrost&#39; &eacute; a camada do solo da crosta terrestre que est&aacute; permanentemente congelada, salientando que se as temperaturas atingirem zero graus ou mais aquela camada come&ccedil;a a &quot;descongelar e a possibilitar uma din&acirc;mica semelhante &agrave; do solo normal, acabando por permitir, na Ant&aacute;rtida, a implanta&ccedil;&atilde;o de vegeta&ccedil;&atilde;o rasteira (tipicamente l&iacute;quenes e musgos)&quot;.</p> <p>&quot;Estes c&iacute;rculos formam-se pela din&acirc;mica sazonal do solo, que, mesmo que n&atilde;o descongele, sofre varia&ccedil;&otilde;es de temperatura ao longo do ano, o que faz com que se movimente, come&ccedil;ando a expulsar primeiro as pedras maiores do subsolo para a superf&iacute;cie e arrumando-as depois radialmente &agrave; superf&iacute;cie (em forma de c&iacute;rculo)&quot;, referiu.</p> <p>De acordo com Pedro Pina, este fen&oacute;meno natural &eacute; um bom indicador das caracter&iacute;sticas de climas passados, pelo que se torna &quot;aliciante estudar os c&iacute;rculos de pedras que se formam ao longo de centenas de milhares de anos&quot;.</p> <p>A UC referiu que estes padr&otilde;es ajudam a perceber o clima que existiu na regi&atilde;o nos &uacute;ltimos 10 mil anos e que o objetivo da monitoriza&ccedil;&atilde;o &eacute; quantificar a densidade espacial dos c&iacute;rculos, se s&atilde;o maiores ou menores, se ainda est&atilde;o ativos ou n&atilde;o.</p> <p>&quot;A sua din&acirc;mica &eacute; sempre muito baixa (poucos mil&iacute;metros por ano), por isso n&atilde;o os vemos a movimentarem-se, mas percebe-se que est&atilde;o ativos se o solo estiver h&uacute;mido. Por&eacute;m, se estiver coberto de vegeta&ccedil;&atilde;o, normalmente, significa que j&aacute; n&atilde;o est&atilde;o ativos&quot;, esclareceu o investigador.</p> <p>Para o cientista da UC, a caracteriza&ccedil;&atilde;o morfom&eacute;trica destes c&iacute;rculos e a identifica&ccedil;&atilde;o do tipo de rocha e de solo, relacionando-os com a expans&atilde;o da vegeta&ccedil;&atilde;o, &eacute; muito importante para perceber o avan&ccedil;o das altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas.</p>

Tags:
Partilhar: