
O Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) da província do Huambo, inaugurado no dia 12, pelo Presidente da República
<p>O Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) da província do Huambo, inaugurado no dia 12, pelo Presidente da República, já começou a ministrar aulas aos primeiros jovens que se candidataram para os diferentes cursos disponibilizados pela instituição.</p> <p>Danger Augusto Cristóvão, que está a fazer a formação no curso de Torneamento Mecânico Convencional, disse sentir-se muito feliz por estar a ser formado pelo CINFOTEC do Huambo.</p> <p>Em declarações ao Jornal de Angola, Danger Augusto Cristóvão referiu que a formação está a ser útil, uma vez que tem as atenções viradas para a promoção do auto-emprego. Apontou o curso como o primeiro passo que vai permitir criar as condições para conseguir os meios e empregar outras pessoas.</p> <p>Um outro formando é Armando Manuel Ninguika, que já é licenciado em Mecânica, no Instituto Superior Politécnico do Huambo. Inscreveu-se no CINFOTEC porque a formação superior teve muita teoria. Para não ficar ultrapassado, escolheu frequentar outro curso, para reforçar os conhecimentos.</p> <p> "O que vejo aqui são coisas que nos faltaram ao longo de cinco anos na Faculdade. É muita prática que se realiza, porque existem equipamentos sofisticados e suficientes para garantir uma boa formação”, indicou.</p> <p>Acrescentou que tem consigo muitos conceitos teóricos que precisa conciliar com a prática, para se tornar num engenheiro mecânico aperfeiçoado.</p> <p>Em representação do director-geral do CINFOTEC, o formador Celso Delgado confirmou que a instituição criou todas as condições de trabalho e recebeu os primeiros estudantes a partir do dia 8 de Janeiro. As aulas, disse, já arrancaram com muitos cursos.</p> <p>A área académica tem os Departamentos de Metrologia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Electricidade, Energias Renováveis e Mecatrónica e Mecânica e Produção. Cada uma das repartições coordena mais de cinco cursos.</p> <p>Já estão a ser ministrados os cursos de Higiene e Segurança no Trabalho, Primeiros Socorros e Controlo de Qualidade, Informática na Óptica do Utilizador, Electricidade Básica, Robótica Industrial Básica, Soldadura, Torneamento Mecânico e outros mais.</p> <p>Os cursos que ainda não tiveram início vão obedecer o calendário específico para o primeiro trimestre.</p> <p><strong>Duração do curso</strong></p> <p>O tempo de duração de cada curso varia de acordo com as especificidades, sendo alguns de curta duração, frequentados maioritariamente por profissionais que queiram fazer o aperfeiçoamento nas áreas específicas. Os de média e longa duração vão de quatro meses a um ou dois anos.</p> <p>O CINFOTEC tem uma capacidade para 732 formandos por cada período, sendo que no primeiro ciclo de formação, arrancou com cinquenta por cento do total geral.</p> <p>Tem 12 salas de aula teóricas, uma de Desenho Técnico e cada área de formação tem os seus laboratórios e oficinas de forma independente.</p> <p>O responsável informou que a área produtiva do CINFOTEC está a perspectivar fabricar enxadas e catanas.</p> <p><strong>Reparação de máquinas agrícolas</strong></p> <p>Celso Delgado informou, ainda, que o Departamento de Mecânica e Produção tem uma linha que vai ensinar a reparação de máquinas agrícolas, já que o Planalto Central e as províncias vizinhas são fortes na produção agrícola mecanizada.</p> <p>A formação é assegurada por 25 professores e 19 trabalhadores administrativos.</p> <p>Actualmente, a instituição regista uma afluência de candidatos que pretendem se inscrever, porque os cursos estão com preços promocionais com desconto de 50 por cento.</p> <p><strong>Feira Agro-Indústria e Pecuária ultrapassa as expectativas</strong></p> <p>A realização da Feira Agro-Indústria e Pecuária, que mostrou as potencialidades da região do Planalto Central, aquando da visita do Presidente da República, João Lourenço, ultrapassou as expectativas, segundo o coordenador adjunto do evento, Manuel Vitongue.</p> <p>O responsável referiu que a comissão organizadora não contava com tanta adesão de participantes, destacando a quantidade e qualidade de produtos expostos, bem como o empenho das administrações municipais e empresas.</p> <p>Manuel Vitongue destacou o encorajamento do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, para os empresários nacionais e estrangeiros apostarem mais nas pequenas indústrias, com foco na auto-suficiência e segurança alimentar.</p> <p>Em declarações ao Jornal de Angola, o coordenador adjunto da Feira Agro-Indústria e Pecuária reconheceu a necessidade de atrair mais investidores, para um empresariado actuante, para apostar nas acções de fomento da indústria nacional.</p> <p><strong>Pequenas iniciativas de empreendedores</strong></p> <p>Apoiar pequenas iniciativas de jovens empreendedores que produzem sapatos, semáforos e outros produtos, para que possam passar para o processo de industrialização foi apontada como uma das principais apostas do Executivo para a diversificação da economia e permitir a criação de novos postos de trabalho.</p> <p>Aos agricultores ficou a recomendação de aumentarem cada vez mais a produção e não ficarem dependentes de adubos químicos, devendo encontrar soluções locais que possam garantir o crescimento saudável das culturas.</p> <p>Manuel Vitongue referiu que o Governo do Huambo está satisfeito com a realização da feira e motivado para outras edições, para que se continue a mostrar as potencialidades da província.</p> <p>Segundo Manuel Vitongue, o ministro de Estado para Coordenação Económica mostrou-se confiante por ver empresários animados, particularmente os do Sector Agrícola, que transmitiram o sentimento de que já se pode comercializar mais os produtos do campo.</p> <p>Para o desenvolvimento de pequenas indústrias, acrescentou, o mercado conta com financiamentos dos fundos de Desenvolvimento Agrário (FADA), de Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), de Garantia de Crédito (FGC), assim como as linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).</p> <p><strong>Segurança alimentar</strong></p> <p>A directora da Agricultura do município do Huambo, Augusta Olinda José Domingos, assegurou que o Governo está a trabalhar para a segurança alimentar da população.</p> <p>Apesar das dificuldades, aliadas à ausência de mecanização agrícola, sublinhou, existe gente a produzir de facto.</p> <p>Garantiu que o Executivo vai continuar a apoiar as iniciativas dos produtores nacionais, empresários e agricultores familiares, para tornar a economia nacional mais forte.</p> <p>O engenheiro Marcelino Chissende Kanganjo, que na feira expôs o projecto de produção local de semáforos, considerou que foram três dias de feira proveitosos. Disse que demonstrou aos governantes que, com material local e com apoios, é possível fabricar semáforos localmente, em quantidades desejadas, e ajudar a sinalização do trânsito.</p> <p>Mais de 60 expositores participaram da Feira Agro-Indústria e Pecuária, no pavilhão Osvaldo Serra Van-Dúnem, na cidade do Huambo, durante a visita do Presidente João Lourenço. A feira contou com exposição de produtores agrícolas, fornecedores de insumos, administrações municipais e prestadores de serviços industriais.</p> <p><strong> Expansão dos serviços do Centro de Ecologia Tropical</strong></p> <p>A ministra do Ambiente anunciou, na cidade do Huambo, a expansão dos serviços do Centro de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas do Huambo (CETAC), para atender outras regiões do país, devido às irregularidades do clima nos últimos tempos.</p> <p>Ana Paula de Carvalho, que falava no acto de tomada de posse de novos chefes de departamento e secções do Centro de Ecologia Tropical, recentemente nomeados, referiu que apesar das instalações do CETAC estarem localizadas no Huambo, os profissionais devem actuar noutras regiões do país, cujos solos tenham necessidade de serem estudados.</p> <p>"O CETAC no Huambo tem efectuado trabalhos de estudo das nascentes e dos solos. Para isso, deveremos também partir e actuar nas outras regiões para encontrar soluções diante dos desafios enfrentados”, sublinhou.</p> <p><strong>Alterações climáticas</strong></p> <p>A ministra lembrou que as alterações climáticas são tema de debate nos últimos tempos e porque o país não está isento das suas consequências, daí a necessidade de estar alinhado e continuar a preservar o ambiente.</p> <p>Em Angola, as províncias mais preocupantes com as alterações climáticas são o Cunene, Huíla, Cuando Cubango, além das questões que se prendem com o combate à desertificação, que afecta as províncias do Namibe e Benguela.</p> <p>Elias Estêvão, nomeado para o cargo de chefe de repartição do Património, Finanças e Recursos Humanos, prometeu dar o máximo de si para o bem colectivo.</p> <p>"É preciso criar medidas para sensibilizar as populações, no sentido de pararem de fazer queimadas anárquicas e outras práticas nocivas ao meio ambiente”, apelou.</p> <p>No seu entender, mesmo num país como Angola, em que as questões das alterações climáticas e da poluição ainda não se fazem sentir com muita ênfase, impõe-se a tomada de medidas preventivas contra este fenómeno.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/cinfotec-comeca-a-ministrar-aulas-aos-primeiros-formandos/</p>