E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Cinema: Licínio Azevedo adapta conto de Luís Bernardo Honwana

Licínio Azevedo vai adaptar para o cinema o conto “Nhinguitimo”, um dos que compõem o livro Nós matamos o cão-tinhoso, de Luís Bernardo Honwana. A curta-metragem de 20 minutos deverá estrear em Julho e a produção é orçada em 4 milhões de meticais.

<p>&ldquo;Pouco antes do in&iacute;cio das colheitas, as rolas re&uacute;nem-se nas matas que dividem as machambas do vale. Durante duas ou tr&ecirc;s semanas, em bandos numerosos, sobrevoam os campos em largos c&iacute;rculos&rdquo;. Assim inicia o conto &ldquo;Nhinguitimo&rdquo;, um dos que constituem o ic&oacute;nico&nbsp;<em>N&oacute;s matamos o c&atilde;o-tinhoso</em>, de Lu&iacute;s Bernardo Honwana. Publicado em livro h&aacute; 57 anos, o texto &eacute; o primeiro do autor a ser adaptado para o cinema.</p> <p>O projecto de Lic&iacute;nio Azevedo arranca um ano depois de o cinema ter parado no pa&iacute;s. &ldquo;N&atilde;o produzimos nada, ano passado, e decidimos que n&atilde;o devemos continuar assim&rdquo;.&nbsp;Por isso, sabendo que agora &eacute; imposs&iacute;vel conseguir financiamentos no estrangeiro para produ&ccedil;&otilde;es mais ambiciosas, o realizador abandonou, por enquanto, projectos antigos a fim de investir no mais pequeno, poss&iacute;vel de produzir com fundos internos.</p> <p>Lic&iacute;nio Azevedo pensou no &ldquo;Nhinguitimo&rdquo; porque a hist&oacute;ria se passa nos anos 60, um per&iacute;odo desconhecido para a juventude de hoje. Assim, a expectativa do realizador &eacute; que mais jovens tenham, de algum modo, um contacto acentuado com o que se passou em Mo&ccedil;ambique, por exemplo, numa certa zona de Moamba, na prov&iacute;ncia de Maputo. Simultaneamente, Lic&iacute;nio Azevedo percebeu que a obra&nbsp;<em>N&oacute;s matamos o c&atilde;o-tinhoso</em>, de Lu&iacute;s Bernardo Honwana, nunca foi adaptada para o cinema. Assim, confessou, &ldquo;espero que o filme fa&ccedil;a jus ao conto que ele t&atilde;o bem escreveu&rdquo;.</p> <p>O an&uacute;ncio das grava&ccedil;&otilde;es da curta-metragem de 20 minutos foi feito esta ter&ccedil;a-feira, no Centro Cultural Franco-Mo&ccedil;ambicano, na Cidade de Maputo. Al&eacute;m do realizador, esteve na sess&atilde;o o produtor do filme, Jorge Ferr&atilde;o, com quem Lic&iacute;nio Azevedo trabalhou em outros projectos h&aacute; 40 anos. &ldquo;O Lic&iacute;nio lembrou-se dos tempos em que fizemos algumas produ&ccedil;&otilde;es juntos e perguntou-me se estaria interessado em trabalhar com ele neste filme. Eu achei que seria um bom desafio voltarmos a trabalhar juntos no meu tempo livre, sem abdicar do meu trabalho, e ajudar a fazer esta produ&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p>A produ&ccedil;&atilde;o da curta-metragem de Lic&iacute;nio Azevedo tem ajuda de empresas nacionais e da Embaixada da Fran&ccedil;a em Mo&ccedil;ambique. &ldquo;O papel da embaixada da Fran&ccedil;a &eacute; apoiar os actores culturais&rdquo;, acrescentou Laurent P&eacute;res Vidal, da Embaixada da Fran&ccedil;a, na confer&ecirc;ncia de imprensa:&nbsp; &ldquo;O cinema, que&nbsp; cruza o sonho e o real, &eacute; um sector relevante para Fran&ccedil;a. O cinema tem valor cultural e econ&oacute;mico. Depois, os filmes de Lic&iacute;nio s&atilde;o reflexos da alma que vagueia sobre a sociedade&rdquo;.</p> <p>Com o memorando de apoio &agrave;s produ&ccedil;&otilde;es assinado no Franco, segundo afirmou Lic&iacute;nio Azevedo, agora segue a fase de identifica&ccedil;&atilde;o dos locais onde a curta ser&aacute; rodada. Entre os locais eleg&iacute;veis est&atilde;o os distritos de Moamba, Boane e Marracuene, na Prov&iacute;ncia de Maputo. Igualmente, segue a fase do casting de actores, coordenada Hermelinda Simela, que j&aacute; trabalhou com Lic&iacute;nio Azevedo nos filmes&nbsp;<em>Comboio de sal e a&ccedil;&uacute;car&nbsp;</em>e<em>&nbsp;Virgem Margarida</em>. A ficha t&eacute;cnica ainda n&atilde;o est&aacute; fechada. No entanto, o realizador avan&ccedil;ou que Pipas Forjaz integra a equipa de trabalho na qualidade de Director de Fotografia.</p> <p>O or&ccedil;amento previsto para a curta-metragem &ldquo;Nhinguitimo&rdquo; &eacute; de 4 milh&otilde;es de meticais.</p>

Tags:
Partilhar: