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Cientistas de Coimbra descobrem novo mecanismo da infeção pela Salmonella

Um estudo internacional liderado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) revelou um novo mecanismo de infeção específico da Salmonella, que pode ser importante para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para travar infeções causadas por esta bactéria.

<p>&quot;Trata-se de um novo mecanismo que aumenta o nosso conhecimento sobre as intera&ccedil;&otilde;es complexas estabelecidas entre as nossas c&eacute;lulas e os microrganismos, neste caso a bact&eacute;ria Salmonella&quot;, refere Ana Eul&aacute;lio, l&iacute;der do estudo e investigadora do Centro de Neuroci&ecirc;ncias e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e docente da Faculdade de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia.</p> <p>Em comunicado, a UC salienta que estes dados, obtidos atrav&eacute;s de estudos em c&eacute;lulas e em modelos animais, podem vir a desempenhar &quot;um papel crucial no impedimento da progress&atilde;o da infe&ccedil;&atilde;o por esta bact&eacute;ria&quot;.</p> <p>Miguel Mano, investigador do CNC e docente da FCTUC, e tamb&eacute;m autor do estudo, esclarece que &quot;o conhecimento dos mecanismos moleculares explorados pela Salmonella pode possibilitar o desenvolvimento de estrat&eacute;gias terap&ecirc;uticas capazes de bloquear a dissemina&ccedil;&atilde;o da infe&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>&quot;Geralmente, as c&eacute;lulas do corpo humano quando s&atilde;o infetadas por v&iacute;rus ou bact&eacute;rias comunicam com as c&eacute;lulas vizinhas saud&aacute;veis para orquestrar uma resposta contra a infe&ccedil;&atilde;o&quot;, o que n&atilde;o acontece com as c&eacute;lulas infetadas por Salmonella, que libertam prote&iacute;nas que facilitam a infe&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas vizinhas.</p> <p>Por esta raz&atilde;o, refere o estudo, &quot;foi necess&aacute;rio avaliar e identificar &#39;mol&eacute;culas-chave&#39; envolvidas no processo de infe&ccedil;&atilde;o e dissemina&ccedil;&atilde;o, para melhor compreender onde atuar para impedir a infe&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>A infe&ccedil;&atilde;o provocada por aquela bact&eacute;ria ocorre ap&oacute;s a ingest&atilde;o de alimentos contaminados e afeta principalmente o trato digestivo, provocando enjoos, c&oacute;licas, diarreia, febre e v&oacute;mitos.</p> <p>A investiga&ccedil;&atilde;o liderada por cientistas da UC contou com a colabora&ccedil;&atilde;o das Universidades de W&uuml;rzburg (Alemanha) e de C&oacute;rdoba (Espanha) e dos Institutos de Ci&ecirc;ncias Matem&aacute;ticas e de Homi Bhabha (&Iacute;ndia).</p>

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