
A violência ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denúncia da agressão sofrida, realça a GNR.
<p>AGuarda Nacional Republicana (GNR) registou 140 crimes de 'bullying' e 'cyberbullying' no ano letivo 2022/2023, uma problemática que motiva a força de segurança a desenvolver ações de sensibilização de combate à violência em contexto escolar.</p> <p>Relacionados</p> <p><a href="https://www.dn.pt/i/15269340.html">Violência. Bullying. Agressões, ameaças e insultos continuam a aumentar nas escolas</a></p> <p><a href="https://www.dn.pt/i/14863857.html">Sociedade. Jovens LGBTQ+ são vítimas preferenciais de 'bullying' na escola, diz estudo</a></p> <p><a href="https://www.dn.pt/i/14781058.html">Estudo. Privacidade, cibercrime e cyberbullying entre preocupações de portugueses na internet</a></p> <p>Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a GNR refere que, no âmbito das suas competências em matéria de prevenção criminal, desenvolveu 1.285 iniciativas de sensibilização no ano letivo passado.</p> <p>Estas ações foram direcionadas a 52.652 crianças, jovens e adultos, maioritariamente em contexto escolar.</p> <p>"No mesmo ano letivo, a guarda registou 140 crimes, envolvendo 'bullying' e 'cyberbullying'", resume a GNR, que apresenta estes dados provisórios no Dia Mundial de Combate ao Bullying.</p> <p> </p> <p>Com estas ações a GNR "pretende alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens", numa "estratégia de consciencialização que visa contribuir para a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas".</p> <p>Recordando que "a violência ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denúncia da agressão sofrida", a GNR sublinha que "esta sensibilização é extensível aos pais, professores e funcionários pelos sinais de alerta que devem procurar denunciar e saber reconhecer, no contexto escolar e em ambiente familiar".</p> <p> </p> <p>Considera-se 'bullying' um conjunto de atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia nas vítimas.</p> <p>Atualmente, e associado às redes sociais, o 'bullying' tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do 'cyberbullying'.</p> <p> </p> <p>Os sinais de alerta são silenciosos e podem estar associados a alterações de humor, abatimento físico ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes como dores de cabeça e de estômago, perturbações no sono e nódoas negras, bem como irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento.</p> <p>"Pese embora o 'bullying' não se encontrar tipificado na legislação penal como crime, o mesmo está associado a vários crimes, tais como crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação, correspondendo os dois primeiros aos comportamentos mais frequentes", descreve a GNR.</p> <p>Nas suas ações, pode ler-se no comunicado, a guarda procura promover campanhas, com temas associados à violência, à cidadania e à não-discriminação, aos direitos humanos e direitos da criança ou a regras quanto à utilização da internet.</p> <p>"A GNR possui militares com formação especializada, que desempenham um papel essencial no acompanhamento personalizado às vítimas, encarregando-se de encaminhar as mesmas para outras instituições com competência neste âmbito", indica.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.dn.pt/sociedade/gnr-registou-140-crimes-de-bullying-e-cyberbullying-em-contexto-escolar-17200662.html</p>