O Brasil tornou-se hoje o primeiro país latino-americano a aderir ao programa Artemis, iniciativa da agência espacial americana NASA, que prevê astronautas a pisar a superfície lunar em 2024 e o envio de seres humanos para Marte em 2030.
<p>Numa cerimónia em Brasília, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, descreveu a adesão como "um grande acordo" alcançado por seu país com a NASA para integrar um projeto de "paz, progresso e desenvolvimento" no qual a "confiança é recíproca "entre os 12 países, liderados pelos Estados Unidos, que fazem parte da iniciativa".</p> <p>Os Estados Unidos da América, junto com Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Ucrânia, Canadá, Itália, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Vietname e agora o Brasil, fazem parte do programa Artemis.</p> <p>"Isso mostra que o Brasil é um país que tem admiração e reconhecimento em todo o mundo. Todos ganhamos com o projeto Artemis, porque estamos parados no tempo e no espaço", frisou o Presidente brasileiro, para quem a integração na iniciativa "vai estimular jovens que têm um potencial enorme".</p> <p>"São os sonhos de crianças que, como eu, nos anos 1960, assistiam a séries espaciais na televisão e agora poderão realizá-los", disse Bolsonaro.</p> <p>Neste sentido, o ministro de Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, que assinou o acordo em nome do Governo brasileiro, destacou que com a inclusão do Brasil no grupo haverá uma maior "integração com as universidades por meio de mais unidades de pesquisa".</p> <p>Numa mensagem de vídeo, o diretor administrador da NASA, Bill Nelson, descreveu a assinatura do acordo como "histórica", e disse que o Brasil passará a fazer parte da "exploração de longo prazo, pela primeira vez, da Lua".</p> <p>Numa outra mensagem de vídeo, o secretário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, definiu a adesão do Brasil ao programa Artemis como o início de "uma nova era de trabalho" para "preparar a primeira missão tripulada histórica a Marte".</p> <p>Durante a assinatura do acordo, que contou com a presença dos embaixadores dos países participantes e do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Carlos Alberto França, não foram dados maiores detalhes sobre como será a participação do Brasil no programa.</p>