
O banco central angolano tem registado menos 100 tentativas de ciberataques este ano, com uma média diária de 250 contra os 350 verificados em 2023, avançou hoje o governador do Banco Nacional de Angola (BNA).
<p>Manuel Tiago Dias, que discursava hoje na abertura da segunda edição do ciclo de conferências do BNA com o tema "A Cibersegurança no Sistema Financeiro Angolano", referiu que o sistema financeiro e os bancos são alvos preferenciais dos criminosos, havendo necessidade de melhorias constantes dos sistemas de cibersegurança de todas as instituições do sistema financeiro nacional.</p> <p> </p> <p>"No âmbito do seu Plano Estratégico para o período 2023-2028, o Banco Nacional de Angola está a reforçar, sobremaneira, os pilares de cibersegurança da instituição, implementando processos e tecnologias inovadores, com recurso à inteligência artificial, ao qual se junta um forte investimento no seu quadro de especialistas, por forma a reforçar a confiança dos participantes no setor financeiro por si regulado e supervisionado", referiu.</p> <p>Segundo o governador do banco central angolano, no capítulo da regulação estão a ser concebidos instrumentos normativos que visam adequar a regulamentação vigente à dinâmica que o ambiente cibernético nacional e internacional impõe, impulsionando a troca de informação entre as instituições financeiras e não só, auxiliando no tratamento de incidentes cibernéticos, cujas motivações e impactos podem tocar na escala nacional.</p> <p>Na sua apresentação, o subdiretor do departamento de Supervisão Bancária do BNA, Fernando Panzo, disse que o banco central angolano já elaborou a estrutura de cibersegurança, que se encontra em fase de consultas com os parceiros das instituições bancárias, o Banco Mundial, para a sua publicação em dezembro deste ano.</p> <p>Em declarações aos jornalistas, o diretor do departamento de Segurança Integrada do BNA disse que no encontro ficou identificada a necessidade de partilha de informações entre as instituições bancárias sobre os incidentes de cibersegurança, que em Angola têm maioritariamente origem externa, com casos também de tentativas de ataques internos.</p> <p>António Neto realçou que foi igualmente debatido o impacto gerado pelos incidentes de 'ransomware', situações em que os cibercriminosos, além de bloquearem a infraestrutura bancária, exigem o pagamento de um resgate, em troca da entrega do código para voltar a ter acesso.</p> <p>O responsável avançou ainda que o BNA tem informações, "embora não comprovadas", de que, "efetivamente, pode estar a acontecer 'por fora' alguns pagamentos de resgate".</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2547246/ciberataques-de-ransomware-aumentaram-em-2023" target="_blank">Ciberataques de 'ransomware' aumentaram em 2023</a></p>