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Arqueólogos estudam castro do Cadaval para valorizar património de Murça

Arqueólogos estão a investigar o castro do Cadaval, em Murça, um povoado fortificado que remonta à idade do ferro, conta a história da ocupação romana no território e que o município quer classificar para valorizar o património.

<p>Opresidente da autarquia, M&aacute;rio Artur Lopes, disse hoje &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa que o objetivo &eacute; potenciar o patrim&oacute;nio hist&oacute;rico, valorizar a identidade e aumentar a atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica deste munic&iacute;pio do distrito de Vila Real.</p> <p>&quot;Identificar, catalogar, valorizar e acima de tudo respeitar e perceber que a nossa hist&oacute;ria n&atilde;o tem dois dias, comemoramos 800 anos, mas s&atilde;o milhares de anos de gente a passar por aqui&quot;, real&ccedil;ou o autarca.</p> <p>A 08 de maio assinalam-se os oitocentos anos do foral atribu&iacute;do a Mur&ccedil;a pelo Rei D. Sancho II (1224--2024).</p> <p>A investiga&ccedil;&atilde;o arqueol&oacute;gica no concelho decorre no &acirc;mbito de um cons&oacute;rcio que junta o munic&iacute;pio, a Universidade do Porto, a empresa de arqueologia Dryas e a Escola Profissional de Mur&ccedil;a e, neste momento, focam-se no Cadaval.</p> <p>&quot;O Cadaval &eacute; um ponto ic&oacute;nico do patrim&oacute;nio hist&oacute;rico arqueol&oacute;gico do concelho e, juntamente com o Crasto de Palheiros, &eacute; um dos dois pontos fulcrais deste projeto&quot;, afirmou o arque&oacute;logo Miguel Almeida, que especificou que a iniciativa conta com o financiamento de 150 mil euros da Funda&ccedil;&atilde;o La Caixa.</p> <p>Trata-se de um povoado fortificado, localizado junto &agrave;s &quot;curvas de Mur&ccedil;a&quot;, na Estrada Nacional 15 (EN15), onde v&aacute;rias estruturas foram postas a descoberto por um inc&ecirc;ndio na d&eacute;cada de 90 do s&eacute;culo passado.</p> <p>O s&iacute;tio &eacute; constitu&iacute;do por uma pequena acr&oacute;pole e duas plataformas desniveladas com vest&iacute;gios de constru&ccedil;&otilde;es urbanas. A acr&oacute;pole &eacute; assente e configurada, pelo que se designa &quot;castelo gran&iacute;tico&quot;, e rodeada por uma imponente muralha, mas ao longo da encosta &eacute; poss&iacute;vel observar tamb&eacute;m muralhas em patamares.</p> <p>Em Mur&ccedil;a, s&atilde;o muitas as hist&oacute;rias de quem por ali passou &agrave; procura de moedas romanas, algumas das quais podem ser vistas em museus.</p> <p>Miguel Almeida explicou que o castro conta, pelo menos, uma parte da hist&oacute;ria da ocupa&ccedil;&atilde;o romana de um territ&oacute;rio onde j&aacute; viviam comunidades que tinham uma organiza&ccedil;&atilde;o social e econ&oacute;mica complexa.</p> <p>&quot;Que n&oacute;s classific&aacute;mos da idade do ferro, h&aacute; mais ou menos 2.000 anos, e s&atilde;o as pessoas que est&atilde;o no territ&oacute;rio imediatamente antes da chegada do dom&iacute;nio romano&quot;, acrescentou.</p> <p>Mas, salientou, para que as atuais comunidades se identifiquem com o local, &eacute; preciso &quot;tamb&eacute;m contar a hist&oacute;ria de tudo o que se passou desde que os romanos se foram embora at&eacute; hoje&quot;.</p> <p>&quot;Os projetos de valoriza&ccedil;&atilde;o s&oacute; funcionam se eles forem assumidos pela comunidade local&quot;, frisou.</p> <p>O trabalho deste cons&oacute;rcio ser&aacute; desenvolvido ao longo de tr&ecirc;s anos e tem objetivos cient&iacute;ficos e patrimoniais.</p> <p>&quot;Do ponto de vista cient&iacute;fico, para n&oacute;s termos uma primeira no&ccedil;&atilde;o de qual &eacute; verdadeiramente o potencial informativo deste s&iacute;tio, porque este potencial n&atilde;o depende s&oacute; do valor original do s&iacute;tio, depende tamb&eacute;m do estado de conserva&ccedil;&atilde;o&quot;, afirmou o investigador.</p> <p>Miguel Almeida disse que o objetivo patrimonial visa recolher as primeiras informa&ccedil;&otilde;es que permitam ao munic&iacute;pio de Mur&ccedil;a montar um &quot;dossi&ecirc; de classifica&ccedil;&atilde;o do s&iacute;tio&quot;.</p> <p>&quot;Que &eacute;, a nosso ver, mais do que justificado porque se trata de um s&iacute;tio, para al&eacute;m de i&oacute;nico, com um valor fundamental para a compreens&atilde;o da ocupa&ccedil;&atilde;o romana e pr&eacute;-romana na regi&atilde;o&quot;, salientou.</p> <p>O valor patrimonial a atribuir est&aacute; dependente da investiga&ccedil;&atilde;o, mas qualquer classifica&ccedil;&atilde;o, nacional ou de im&oacute;vel de interesse p&uacute;blico, garante a prote&ccedil;&atilde;o do s&iacute;tio arqueol&oacute;gico.</p> <p>Tamb&eacute;m relevante, na sua opini&atilde;o, &eacute; o facto de este se tornar num local de forma&ccedil;&atilde;o no terreno.</p> <p>Conjuntamente com os arque&oacute;logos Miguel Almeida e Maria de Jesus Sanches, no Cadaval est&atilde;o a trabalhar estudantes de Arqueologia, que aproveitam as f&eacute;rias da P&aacute;scoa para irem para o terreno aprofundar a sua forma&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Foi necess&aacute;rio proceder a uma desmata&ccedil;&atilde;o do local, onde por estes dias a equipa est&aacute; a fazer trabalhos explorat&oacute;rios e sondagens.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/pais/2520587/camara-avanca-com-reconstrucao-de-pontao-derrubado-em-murca" target="_blank">C&acirc;mara avan&ccedil;a com reconstru&ccedil;&atilde;o de pont&atilde;o derrubado em Mur&ccedil;a</a></p>

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