O governo do Japão atribuiu três milhões de dólares (2,1 milhões de euros) para apoiar o regresso à escola de milhares de crianças moçambicanas afetadas pelo ciclone Freddy em 2023
<h2> </h2> <p>O governo do Japão atribuiu três milhões de dólares (2,1 milhões de euros) para apoiar o regresso à escola de milhares de crianças moçambicanas afetadas pelo ciclone Freddy em 2023, anunciou hoje a Parceria Global para a Educação (GPE, na sigla em inglês).</p> <p>De acordo com informação daquela organização, o apoio do Japão irá servir para "ajudar as crianças afetadas pelo ciclone em Moçambique a regressar à escola e para aumentar a resiliência da educação às alterações climáticas".</p> <p> </p> <p> </p> <p>"As alterações climáticas já ameaçam o direito das crianças à educação. À medida que a frequência e a intensidade dos fenómenos meteorológicos extremos aumentam em todo o mundo, quase mil milhões de raparigas e rapazes -- aproximadamente metade das crianças do planeta -- vivem em países que correm um risco extremamente elevado dos impactos das alterações climáticas, tais como secas, ciclones e inundações", recorda a GPE.</p> <p>O ciclone Freddy, o mais duradouro já registado, atingiu Moçambique duas vezes, entre 24 de fevereiro e 11 de março de 2023, afetando 1,2 milhões de pessoas "e perturbando a educação de milhares de crianças" - nomeadamente pela destruição de centenas de salas de aula já precárias -, sublinha a organização.</p> <p>A GPE apresenta-se como um "compromisso partilhado para acabar" com a "crise mundial" no ensino e educação, mobilizando parceiros e fundos para apoiar quase 90 países de rendimentos mais baixos na transformação dos seus sistemas educativos através de organizações no terreno.</p> <p>"Para que todas as raparigas e rapazes possam obter a educação de qualidade de que necessitam para libertar todo o seu potencial e contribuir para a construção de um mundo melhor", descreve a GPE.</p> <p>Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.</p> <p>O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.</p> <p>Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy pelo país provocaram 306 mortos, afetaram mais de 1,3 milhões de pessoas e destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2477951/apos-ciclone-japao-apoia-regresso-a-escola-em-mocambique-com-2-1-milhoes?utm_source=rss-mundo&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=rssfeed</p>