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Angola carece de "maiores investimentos" na educação e saúde

Um especialista do setor público angolano apontou hoje que o modelo económico de Angola assente na extração de recursos naturais não promoveu um desenvolvimento humano sustentável e aumentou a vulnerabilidade do país.

<p>Para Belis&aacute;rio dos Santos, especialista em governa&ccedil;&atilde;o descentralizada, o n&iacute;vel de capital humano em Angola &quot;ainda &eacute; baixo, face ao seu potencial econ&oacute;mico&quot;, e o aumento de investimentos na educa&ccedil;&atilde;o e sa&uacute;de deve ser o primeiro passo &quot;para se criar uma economia mais diversificada e resiliente a choques&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;As pol&iacute;ticas p&uacute;blicas podem jogar um papel fundamental em mudar o paradigma do modelo econ&oacute;mico com vista a encontrar as melhores solu&ccedil;&otilde;es que permitam o pa&iacute;s refor&ccedil;ar a resili&ecirc;ncia econ&oacute;mica e a sua capacidade competitiva e, em &uacute;ltima inst&acirc;ncia, reduzir a pobreza extrema e promover uma prosperidade partilhada&quot;, defendeu.</p> <p>O especialista angolano, que falava sobre &quot;Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas na Promo&ccedil;&atilde;o da Diversifica&ccedil;&atilde;o Econ&oacute;mica e o Papel dos Mercados Financeiros&quot; em representa&ccedil;&atilde;o do Banco Mundial (BM), durante um f&oacute;rum, em Luanda, apontou quatro pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que aceleram o crescimento econ&oacute;mico dos pa&iacute;ses.</p> <p>Destacou a aposta no capital humano como a primeira pol&iacute;tica p&uacute;blica, referindo que a evid&ecirc;ncia demonstra que nenhum pa&iacute;s do mundo foi capaz de diversificar a sua economia sem uma intensa e cont&iacute;nua aposta no seu capital humano.</p> <p>O n&iacute;vel de capital humano em Angola &quot;ainda &eacute; baixo face ao seu potencial econ&oacute;mico e isto implica que o aumento de investimentos na educa&ccedil;&atilde;o e na sa&uacute;de &eacute; primeiro passo para se criar uma economia mais diversificada e resiliente a choques&quot;, frisou.</p> <p>De acordo com Belis&aacute;rio do Santos, dado o elevado dividendo demogr&aacute;fico em Angola, &quot;expandir o acesso e melhorar a qualidade da educa&ccedil;&atilde;o pode trazer retornos econ&oacute;micos imediatos para o pa&iacute;s&quot;.</p> <p>&quot;Outra implica&ccedil;&atilde;o, &eacute; que uma popula&ccedil;&atilde;o com mais acesso &agrave; servi&ccedil;os de sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o aumenta tamb&eacute;m a confian&ccedil;a dos investidores, pois isso se traduz em futuros ganhos de produtividade e na maior facilidade da ado&ccedil;&atilde;o de novas tecnologias&quot;, apontou.</p> <p>A aposta no capital humano, prosseguiu, significa tamb&eacute;m maior inclus&atilde;o social, &quot;isto &eacute;, promover uma distribui&ccedil;&atilde;o do rendimento mais equitativa implica tamb&eacute;m combater as desigualdades baseadas no g&eacute;nero, ra&ccedil;a, confiss&otilde;es religiosas, pol&iacute;ticas e &eacute;tnicas&quot;.</p> <p>O respons&aacute;vel, que falava durante a XII&ordm; F&oacute;rum Economia e Finan&ccedil;as: Diversifica&ccedil;&atilde;o Econ&oacute;mica e Mercados Financeiros, promovido em Luanda pela Associa&ccedil;&atilde;o Angolana de Bancos (ABANC), assinalou a provis&atilde;o de infraestruturas b&aacute;sicas como a segunda pol&iacute;tica p&uacute;blica &quot;necess&aacute;ria&quot; para o crescimento.</p> <p>Acelerar a diversifica&ccedil;&atilde;o economia &quot;requer um acesso fi&aacute;vel &agrave; energia, expans&atilde;o do acesso &agrave; &aacute;gua e ao saneamento, sistemas de transporte e log&iacute;stica adequados&quot;, defendeu.</p> <p>&quot;Pois &eacute; necess&aacute;rio tamb&eacute;m mudan&ccedil;as institucionais e regulat&oacute;rias, para que seja poss&iacute;vel atrair investimentos privado e operadores no setor das infraestruturas de modo a reduzir o peso sobre as finan&ccedil;as p&uacute;blicas&quot;, notou.</p> <p>Belis&aacute;rio dos Santos, que durante oito anos foi diretor nacional da Administra&ccedil;&atilde;o Local do Estado em Angola, elencou igualmente o acesso ao financiamento e o refor&ccedil;o da capacidade institucional, como as duas &uacute;ltimas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas para alavancar o crescimento econ&oacute;mico.</p> <p>&quot;A baixa inclus&atilde;o financeira em Angola &eacute; um dos principais obst&aacute;culos ao desenvolvimento econ&oacute;mico e se o setor privado &eacute; o motor da economia, ent&atilde;o temos que acreditar que o acesso ao cr&eacute;dito &eacute; o seu combust&iacute;vel, contudo o cr&eacute;dito &agrave; economia em Angola &eacute; muito baixo quando comparado com os outros pa&iacute;ses da regi&atilde;o&quot;, argumentou.</p> <p>Sobre o refor&ccedil;o da capacidade institucional disse que a agenda da diversifica&ccedil;&atilde;o da economia &quot;&eacute; complexa e exige muita planifica&ccedil;&atilde;o, coordena&ccedil;&atilde;o, sequ&ecirc;ncia e comunica&ccedil;&atilde;o das reformas&quot;.</p> <p>&quot;O Estado angolano tem se empenhado em implementar essas reformas econ&oacute;micas com vista a acelerar o crescimento econ&oacute;mico e combater a pobreza, tal como est&aacute; plasmado no PDN (Plano de Desenvolvimento Nacional) 2023-2027 e na Estrat&eacute;gia de Longo Prazo 2050&quot;, afirmou.</p> <p>Considerou ainda que o BM tem dado o seu contributo, por meio de financiamentos nos setores da sa&uacute;de, &aacute;gua, energia, educa&ccedil;&atilde;o, digital e prote&ccedil;&atilde;o social, &quot;setores chaves para o desenvolvimento do capital humano e da diversifica&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica&quot;.</p> <p>&quot;N&atilde;o obstante os obst&aacute;culos, a diversifica&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica &eacute; inadi&aacute;vel e &eacute; poss&iacute;vel. E s&oacute; assim ser&aacute; poss&iacute;vel transformar Angola em uma pot&ecirc;ncia econ&oacute;mica efetiva e dar a cada angolano e angolana a possibilidade de uma vida digna e se viver&quot;, rematou Belis&aacute;rio dos Santos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte:&nbsp;https://www.noticiasaominuto.com/economia/2455114/angola-carece-de-maiores-investimentos-na-educacao-e-saude</p>

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