Agentes da Educação, na província do Uíge, reconheceram que, apesar das dificuldades financeiras que o país atravessa.
<p>Numa mensagem lida por Luzayadio António, em nome dos professores, no acto provincial do Dia do Educador, defendem a retirada do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT) na folha salarial do sector. acrescentando o valor descontado é uma das principais taxas dedutoras que contribui para o fraco poder de compra dos 15.256 professores da região.</p> <p>A mensagem dos professores realça que a classe entende que a taxa aplicada incide, de forma muito elevada, na redução dos rendimentos dos professores, cujo salário é incompatível com o actual custo de vida.</p> <p>"O professor enfrenta muitas dificuldades, com destaque para os acessos aos locais de trabalho nos municípios de Quimbele, Damba, Buengas, Maquela do Zombo, Bembe e Ambuíla onde têm de percorrer longas distâncias a pé, para irem dar aulas”, disse Luzayadio António .</p> <p>O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, Manuel João, que presidiu ao acto, em representação do governador José Carvalho da Rocha, destacou o papel do professor diante de todas as dificuldades que passam no processo de formação de quadros para o país.</p> <p>Manuel João referiu que o Governo do Uíge tem estado engajado no processo de modernização do Gabinete Provincial da Educação, com a transição tecnológica e capacitação constante dos docentes, sobretudo no uso das novas tecnologias de informação e comunicação, o que tem facilitado o funcionamento das instituições de ensino. </p> <p>"O caminho a percorrer ainda é longo. Mas, de onde viemos dá para perceber o muito que já foi feito”, disse, para avançar que a escassez de salas de aula, também, se deve, sobretudo, à alta taxa de natalidade registada na província, onde, em cada unidade de saúde reprodutiva, nascem, diariamente, mais de 30 crianças.</p> <p><strong>Mais condições aos professores </strong></p> <p>Deolinda Silvestre, 14 anos, aluna da 9ª classe, no município do Puri, pediu, em nome dos 621.204 alunos matriculados na província e integrados em 7.091 salas de aula, ao Governo que melhore as condições socioeconómicas dos professores.</p> <p>A estudante referiu que as condições sociais e económicas afectam, de forma directa, na degradação do processo de ensino e aprendizagem, por isso, os professores devem ter o melhor para transmitirem com eficácia os conhecimentos. </p> <p>"Hoje, é um dia que devemos reflectir sobre a construção de uma sociedade sã. A profissão do professor é de extrema importância para o desenvolvimento da nossa sociedade”, disse a aluna.</p> <p>Deolinda Silvestre pediu, ainda, que se criem condições para o aumento de escolas e bibliotecas e se expanda o programa da merenda escolar, bolsas de estudo e de transportes públicos nas zonas de concentração de alunos e professores, em comunidades da província. </p> <p> </p> <p>Fonte: Jornal de Angola - <a href="https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/agentes-do-ensino-no-uige-reconhecem-avancos-nas-escolas/">Jornal de Angola - Notícias - Agentes do ensino no Uíge reconhecem avanços nas escolas</a></p>