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Ação Coperativista alerta para mais uma possível falsa retoma na Cultura

A Ação Cooperativista alertou hoje que o novo 'plano de desconfinamento' do Governo pode significar novamente uma falsa retoma para o setor da Cultura e lamentou que os apoios anunciados em janeiro ainda estejam por atribuir.

<p>Para a A&ccedil;&atilde;o Cooperativista, num comunicado hoje divulgado, o &#39;plano&#39; anunciado pelo primeiro-ministro na quinta-feira, &quot;replica o aplicado em mar&ccedil;o de 2020, suscitando d&uacute;vidas se ter&aacute; havido grande aprendizagem sobre tudo o que, entretanto, se viveu&quot;.</p> <p>&quot;Desconfiamos que este novo desconfinamento reproduz os mesmos erros que o anterior: uma poss&iacute;vel farsa da retoma de atividade, com um enorme grau de imprevisibilidade, sujeita a confinamentos repentinos e quarentenas sem qualquer prote&ccedil;&atilde;o social ou econ&oacute;mica e com mudan&ccedil;as sistem&aacute;ticas de hor&aacute;rios e cancelamentos de &uacute;ltima hora&quot;, refere aquele grupo informal.</p> <p>De acordo com o novo &#39;plano de desconfinamento&#39;, as atividades culturais poder&atilde;o ser retomadas, faseadamente, a partir de segunda-feira, dia em que podem reabrir livrarias, lojas de discos, bibliotecas e arquivos.</p> <p>No que ao setor da Cultura diz respeito, em 05 de abril podem reabrir museus, monumentos, pal&aacute;cios, galerias de arte e similares e, em 19 de abril, teatros, salas de espet&aacute;culos e cinemas, sucedendo-se &agrave;s reaberturas poss&iacute;veis a partir da pr&oacute;xima segunda-feira.</p> <p>Tamb&eacute;m a partir de 19 de abril podem ser retomados os &quot;eventos no exterior, sujeitos a aprova&ccedil;&atilde;o da Dire&ccedil;&atilde;o-Geral da Sa&uacute;de&quot;. Em 03 de maio, poder&atilde;o voltar a realizar-se &quot;grande eventos exteriores e interiores, sujeitos a lota&ccedil;&atilde;o definida pela DGS&quot;, o que pode vir a incluir festivais.</p> <p>O primeiro-ministro, Ant&oacute;nio Costa, salientou na quinta-feira que o processo de reabertura ser&aacute; &quot;gradual e est&aacute; sujeito sempre a uma reavalia&ccedil;&atilde;o quinzenal, de acordo com a avalia&ccedil;&atilde;o de risco&quot; adotada.</p> <p>A A&ccedil;&atilde;o Cooperativista v&ecirc; &quot;com enorme preocupa&ccedil;&atilde;o a possibilidade de confinamentos futuros e de uma nova vaga&quot;. &quot;Considerando o contexto atual e a forma adequada e eficaz com que decorreram as atividades culturais no primeiro desconfinamento, &eacute; crucial garantir a sua reabertura, mediante as regras estabelecidas&quot;, defende.</p> <p>Aquele grupo informal salienta que &quot;n&atilde;o s&atilde;o claras as condi&ccedil;&otilde;es em que os espa&ccedil;os ir&atilde;o reabrir, nem em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; lota&ccedil;&atilde;o, nem em rela&ccedil;&atilde;o aos hor&aacute;rios aplic&aacute;veis, que parecem diferir dos de outros setores de atividade&quot;.</p> <p>&quot;Pelo que &eacute; poss&iacute;vel ler no documento, os equipamentos culturais ir&atilde;o reabrir com o seguinte hor&aacute;rio de encerramento: 21:00 durante a semana; 13:00 aos fins-de-semana e feriados; divergindo, por exemplo, de restaurantes, caf&eacute;s e pastelarias que poder&atilde;o estar abertos at&eacute; &agrave;s 22:00 durante a semana. Que crit&eacute;rios baseiam esta diferencia&ccedil;&atilde;o?&quot;, questiona.</p> <p>Al&eacute;m disso, destaca &quot;fica ainda por esclarecer se a isen&ccedil;&atilde;o de limites de hor&aacute;rios aplic&aacute;vel a partir de 03 de maio &eacute; apenas para restaurantes, caf&eacute;s e pastelarias ou se ser&atilde;o extens&iacute;veis aos restantes setores de atividade&quot;.</p> <p>Na sexta-feira, um dia depois do an&uacute;ncio do &#39;plano de desconfinamento&#39;, o Governo anunciou novas medidas de apoio a alguns setores de atividade, entre os quais a Cultura. Mas, a A&ccedil;&atilde;o Cooperativista considera que as medidas apresentadas nesse dia pela ministra da Cultura, Gra&ccedil;a Fonseca, &quot;n&atilde;o s&atilde;o uma novidade&quot;.</p> <p>&quot;S&atilde;o, na generalidade, um prolongamento das medidas divulgadas a 14 de janeiro de 2021 e fazem parte do Or&ccedil;amento de Estado 2021 (nomeadamente artigo 252&ordm;). &Eacute; perverso virem a ser anunciadas como &#39;novas&#39; medidas, quando s&atilde;o apenas altera&ccedil;&otilde;es ao inicialmente anunciado&quot;, defende.</p> <p>Em 14 de janeiro, a ministra da Cultura anunciou, no &acirc;mbito das medidas de resposta &agrave; crise provocada pelas restri&ccedil;&otilde;es decretadas no &acirc;mbito da pandemia da covid-19, entre outras medidas, um apoio extraordin&aacute;rio aos artistas, autores, t&eacute;cnicos e outros profissionais da Cultura, no valor &uacute;nico de 438,81 euros, referente a um Indexante dos Apoios Sociais (IAS).</p> <p>Na quinta-feira, em Conselho de Ministros, o Governo aprovou &quot;o refor&ccedil;o dos mecanismos de apoio no setor da cultura, prevendo-se o alargamento, de um para tr&ecirc;s meses, do apoio extraordin&aacute;rio aos artistas, autores, t&eacute;cnicos e outros profissionais da cultura&quot;.</p> <p>A A&ccedil;&atilde;o Cooperativista destaca o prolongamento deste apoio de um para tr&ecirc;s meses, &quot;mais do que justificado&quot;, mas reitera que &quot;este valor [438,81 euros] est&aacute; abaixo do limiar da pobreza, remetendo uma vez mais quem trabalha na &aacute;rea da cultura e das artes para uma situa&ccedil;&atilde;o de dif&iacute;cil sobreviv&ecirc;ncia&quot;.</p> <p>No comunicado hoje divulgado, a A&ccedil;&atilde;o Cooperativista alerta tamb&eacute;m que &quot;uma outra medida anunciada a 14 de janeiro - a atribui&ccedil;&atilde;o de financiamento a todas as candidaturas eleg&iacute;veis nos apoios sustentados 2020-2021 e apoios a projetos 2021 [da Dire&ccedil;&atilde;o-Geral das Artes] - ainda n&atilde;o teve efeitos pr&aacute;ticos&quot;.</p> <p>&quot;No caso destes &uacute;ltimos, os contratos j&aacute; foram assinados, mas as verbas ainda n&atilde;o foram transferidas. No caso dos apoios sustentados h&aacute; estruturas que ainda nem assinaram contrato&quot;, garante.</p> <p>A A&ccedil;&atilde;o Cooperativista refor&ccedil;a que as v&aacute;rias medidas anunciadas em 14 de janeiro &quot;tardam em tornar-se realidade&quot;.</p> <p>&quot;&Eacute; no m&iacute;nimo caricato que se anuncie em bandeira o prolongamento de um apoio, quando esse mesmo apoio j&aacute; deveria ter sido entregue. Desde 18 de fevereiro que os pedidos foram submetidos e at&eacute; ao momento ningu&eacute;m o recebeu, tendo sido dada nota de que o pagamento ainda acontecer&aacute; na &uacute;ltima semana de mar&ccedil;o (dois meses e meio depois de anunciado, nos quais as pessoas que trabalham no setor ficaram sem quaisquer rendimentos, obrigadas a suspender a sua atividade). Exigimos respeito!&quot;, conclui.</p>

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