
AAssociação dos Professores Unidos (APU) de Moçambique considera que a classe enfrenta um contexto “penoso”, como a sobrelotação e a degradação das salas de aula, assim como os baixos salários, que tornam desinteressante festejar esta quinta-feira.
<p><strong>AAssociação dos Professores Unidos (APU) de Moçambique considera que a classe enfrenta um contexto “penoso”, como a sobrelotação e a degradação das salas de aula, assim como os baixos salários, que tornam desinteressante festejar esta quinta-feira, 12 de Outubro, o Dia do Professor.</strong></p> <p>A propósito da efeméride, que se assinala hoje, o presidente da APU, Avatar Cuamba, afirmou à <em>Lusa </em>que “é penoso trabalhar nessas condições”, porque “a própria maneira de trabalhar do professor no País não é desejável”, explicando que os professores moçambicanos, principalmente os dos ensinos primário e secundário, são obrigados a trabalhar com turmas compostas pelo dobro do número de alunos recomendados, havendo até casos em que numa sala estão até 90 alunos.</p> <p>“É fixado que as turmas do ensino secundário geral devem ser de 45 alunos, mas nós percebemos que algumas têm até 90 alunos”, avançou, enfatizando que em várias zonas do País, principalmente nas áreas rurais, ainda há aulas debaixo das árvores, devido à falta de salas, e nos casos em que há infra-estruturas, estas estão degradadas, sem água nem casa de banho.</p> <p>a d v e r t i s e m e n t</p> <p><a href="https://www.diarioeconomico.co.mz/?_dnlink=150164&t=1697111608" target="_blank"> </a></p> <p><img src="https://www.diarioeconomico.co.mz/wp-content/uploads/2023/08/Banner_Absa_AF_Diario-economico_620x620_PostAnimado-1-copy-11.gif" /></p> <p>Avatar Cuamba criticou, igualmente, o Governo por ter defraudado as expectativas dos professores em relação à melhoria dos salários, no âmbito da implementação da Tabela Salarial Única (TSU).</p> <p>“As correcções feitas à TSU colocaram os salários em baixa, aquém do desejado”, depois de terem sido feitas promessas de que “vai ser o melhor reajuste desde a Independência” de Moçambique.</p> <p>O responsável lamentou ainda a falta de pagamento de horas extra aos professores há mais de um ano. “A educação não está a conhecer a inversão que todos nós gostávamos que tivesse, no sentido de ser uma profissão mais dignificada”.</p> <p>Cuamba revelou, entretanto, que a APU submeteu ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano um caderno reivindicativo com as preocupações que os professores enfrentam.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/10/12/economia/desenvolvimento/professores-mocambicanos-celebram-o-seu-dia-em-contexto-penoso/</p>